Para quem está a procura de uma experiência um pouco diferente, Otis aparece nas locadoras como uma pedida certeira. Além de divertido e imprevisível, conta com um humor negro que beira o refinado, daquele tipo que parece não fazer muito esforço para arrancar risadas de situações que o espectador acaba quase sentido vergonha de estar rindo daquilo.
No filme, o personagem título é um psicopata, meio pedófilo, que parece sequestrar suas vítimas para irem com ele a seu “baile de formatura”, isso, até atravessar o caminho da família Lawson, que, para vingar a filha raptada, acaba indo bem mais longe do que se imagina.
Sem largar um clima meio psicótico, onde todos personagens parecem beirar a loucura, Otis, tanto o filme quanto o personagem, acabam se deixando tocar de um jeito sensível, que já vale o filme, mesmo que no fim, o espectador acabe não fazendo a mínima ideia do que é certo e errado, já que durante todo tempo tempo precisou conviver com essa loucura toda.
Uma ótima escolha para que está atrás de um jeito de ser surpreendido por um filme que parece uma coisa, acaba se transformando em algo totalmente diferente e no fim deixa pouca coisa para ser analisada sem tirar a graça de compartilhar as surpresas que se tem diante dele. Pelo menos não peca por falta de impacto, muito menos de coragem, o que já vale a pena.
Idem (EUA, 2008), escrito por Erick Jendrenssen e Thams Schnaulz, dirigido por Tony Krantz, com Bonstin Christopher, Kevin Pollack, Daniel Stern, Ashley Johnson, Illiana Douglas