Os melhores filmes do Nicolas Cage

10 filmes que provam que Nicolas Cage é um grande ator que escolhe mal seus filmes!

Por mais que, para muita gente, Nicolas Cage seja encarado como uma piada, a grande verdade é que o sobrinho mais famoso de Francis Ford Coppola é um dos mais interessantes e competentes atores de sua geração.

E nem todas péssimas escolhas de papeis e cortes de cabelo esdrúxulos podem tirar isso de Nicolas Kim Coppola, que fugiu da herança da família no cinema em busca de um lugar só dele e é conhecido não só pela paixão por quadrinhos (o “Cage” é justamente de quem você está pensando, do Luke Cage), como também pela incrível capacidade de render papeis incríveis nas mãos de diretores cultuados.

Cage levou um Oscar em 1996 por seu trabalho em Despedida em Las Vegas, assim como foi indicado em 2003 pelos gêmeos de A Adaptação. E partindo daí, o que não faltam são grandes filmes em que Cage mostrou o grande ator que é, assim como lhe deu crédito para centenas de escorregões. Ok… não centenas, mas pelo menos um punhado.

Confira então dez filmes onde Nicolas Cage provou ser um ator de primeira.

Os melhores filmes do Nicolas Cage

Asas da Liberdade - Nicolas Cage

Asas da Liberdade (“Birdy”, 1984, dir. Alan Parker)

E aqui talvez seja a primeira oportunidade que o mundo teve de conhecer quem realmente Nic Cage é. Vindo do conhecido Method, um método de atuação onde o ator busca o personagem através de seu subconsciente, Cage ficou semanas e semanas dentro e fora do set de filmagem, coberto das bandagens de seu personagem, que volta do Vietnã com uma série de ferimentos na face. O resultado… bom, no filme ele também está enfaixado e você vai ver pouco, mas o filme é incrível e essa imersão de Cage deve ter ajudado a todos ao seu redor.

Arizona Nunca Mais - Nicolas Cage

Arizona Nunca Mais (“Raising Arizona”, 1987, dir. Joel e Ethan Coen)

Segundo filme dos irmãos Coen, é justamente nele que os diretores pontuam uma faceta bem presente em seu cinema, esse humor meio maluco, exagerado e ao mesmo tempo sensível. Para isso, no papel incrível de dois apaixonantes e apaixonados caipiras que “sequestram” um bebê, Holly Hunter e Cage dão um show. Para Nicolas Cage, uma oportunidade de exagerar, mas ao mesmo tempo criar um personagem marcante, algo que também o acompanhará para o resto da carreira.

Corações Selvagens - Nicolas Cage

Corações Selvagens (“Wild At Heart”, 1990, dir. David Lynch)

Em pouco mais de 10 anos de carreira, Corações Selvagens é seu 15° filme. Nesse meio tempo, tirando as três vezes que trabalhou com seu tio, passou pela mão de diretores incríveis como Alan Parkers e os Coen, assim como também foi a escolha de David Lynch para seu filme. E como é de se esperar, Lynch faz disso uma oportunidade para Cage criar um personagem incrível que sofre e corre atrás de um dos maiores amores que o cinema já viu.

Despedida em Las Vegas - Nicolas Cage

Despedida em Las Vegas (“Leaving Las Vegas”, 1995, dir. Mike Figgis)

Não que entre 1990 e 1995 Cage não tenha trabalhado e nem feito nada que preste, pelo contrário, na crista da onda de Hollywood, o ator esteve em nada mais, nada menos que 11 produções, algumas interessantes e divertidas como Encurralados no Paraíso e O Guarda-Costas e a Primeira Dama, outras… bom… outras que é melhor nem lembrar. Mas tudo isso não preparou ninguém para sua atuação em Despedida em Las Vegas, onde interpreta um roteirista alcoólatra que perde tudo em razão da bebida e resolver ir para Las Vegas “beber até morrer”, literalmente. Por si só o filme é complexo e sensível, mas Nicolas Cage consegue deixar tudo ainda mais visceral, doloroso e melancólico. Seu trabalho lhe rendeu um Oscar com toda pompa e mérito.

Olhos de Serpente - Nicolas Cage

Olhos de Serpente (“Snake Eyes”, 1998, Brian De Palma)

Enquanto Nicolas Cage descobria que poderia ser um herói de ação canastrão em A Rocha, Con Air e A Outra Face, Olhos de Serpente tem um pouco dos dois mundos. De Palma e seu sempre presente desejo de ser Hitchcock (no bom sentido), um suspense ágil, um plano sequência que chamou a atenção de todos e a oportunidade de Cage ser espalhafatoso.

Vivendo no Limite - Nicolas Cage

Vivendo no Limite (“Bringing Out The Dead”, 1999, Martin Scorsese)

Scorsese volta sua parceria com o roteirista Paul Schrader (de Taxi Driver e Touro Indomável), mas agora para contar a história de um motorista de ambulância assombrado pelos pacientes que não conseguiu salvar, ao mesmo tempo em que parece caminhar para uma loucura que dá a oportunidade de Cage “sair da caixinha” e enlouquecer completamente no papel. Há quem adore o filme, há quem odeie, mas é impossível não achar interessante toda essa combinação de talentos.

Adaptação - Nicolas Cage

Adaptação (“Adaptation”, 2002, dir. Spike Jonze)

Depois do enlouquecedor Quero Ser John Malkovich, o diretor Spike Jonze e o roteirista Charlie Kaufman voltam agora com Nicolas Cage interpretando dois irmãos gêmeos escritores, Charlie e Donald Kaufman (que é e não é o roteirista de verdade) que tentam adaptar um livro, mas acabam vendo ficção e realidade trombarem de frente (mais ainda). O filme é incrível, foi indicado a quatro Oscars, incluindo Nicolas Cage, o próprio Kaufman e ainda Meryl Streep e Chris Cooper (que levou de Melhor Ator Coadjuvante).

O senhor das armas - Nicolas Cage

O Senhor das Armas (“Lord of War”, 2005, dir. Andrew Niccol)

Na verdade, aqui Cage nem faz um baita trabalho, mas o filme é tão bacana e ele tem um esforço tão grande de criar esse cara meio heroico, apático, em uma crise de moralidade que o afunda mais ainda nesse perigoso mundo do tráfico de armas.

Vício Frenético - Nicolas Cage

Vício Frenético (“The Bad Liutenant: Port of a Call – New Orleans”, 2009, dir. Werner Herzog)

Refilmagem do cult de 1992 de Abel Ferrara, Vício Frenético tem Nicolas Cage em um de seus melhores trabalhos, sem amarras e sempre aparado por um roteiro incrível e um diretor em busca dos limites visuais e narrativos de uma história que poderia ser simples, mas se transforma em uma experiência complexa e inebriante.

Kick-Ass: Quebrando Tudo - Nicolas Cage

Kick-Ass: Quebrando Tudo (“Kick-Ass”, 2010, dir. Matthew Vaughn)

Cage é Big Daddy, um vigilante que limpa o submundo junto com sua filha, Hit-Girl, mas também é uma enorme oportunidade para o ator fazer uma grande homenagem a todos grandes canastrões e seus super-heróis.  E se você achar que ele é “Batman demais”, Cage também, por isso, sua principal inspiração é ninguém mais, ninguém menos que Adam West, da série de 66. E inspiração talvez seja pouco, já que Cage emula os trejeitos e olhares do ator e o resultado é hilário.

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