Quais são os clássicos obrigatórios da ficção científica? (PARTE 1)


[dropcap]C[/dropcap]ertos filmes clássicos são obrigatórios. Talvez isso seja suficiente para convencer qualquer pessoa de que é preciso ver algumas produções para entender o gênero. Mas ainda assim é bom entender melhor esse assunto, ainda mais quando estamos falando de ficção científica.

No gênero criado por Mary Shelley e seu Frankenstein, o que o cinema fez foi mostrar até onde é possível sonhar com o futuro e enxergar o presente com uma visão própria e crítica.

Mas obviamente tem gente que conseguiu levar isso para um patamar único e mostrou para seu público os limites do gênero e ajudou seus fãs a viajar com seus criadores para planetas distantes, futuros distópicos, realidades alternativas, viagens no tempo e tudo mais que se encaixar na imaginação do cinema.

Confira então alguns dos filmes clássicos dessa primeira metade do século 20 (na verdade até 1968), todos obrigatórios para quem pretende entender a ficção científica nos cinemas.

Viagem à Lua | “Le Voyage Dan La Lune” | 1902 | dir. Georges Méliès
Antes de George Méliès o cinema não sabia o que era sonhar, depois disso a imaginação não tinha mais limites. Na história, um grupo de cientistas viaja para a Lua e enfrenta um grupo de “moradores locais”.


Metrópolis | “Metropolis” | 1927 | dir. Fritz Lang
Fritz Lang pode até ter feito um filme que “conversava um pouquinho” com um perigoso movimento sócio-político que nascia na Alemanha depois da Primeira Guerra Mundial e culminou em uma outro guerra, mas ninguém pode tirar a importância narrativa e estética desse épico futurista onde um robô é criado para substituir a líder de uma revolução.


O Monstro do Ártico | “The Thing From Another World” | 1951 | dir. Christian Nyby
John Carpenter aponta com todas as letras que tudo que vem depois desse filme produzido por Howard Hawks foi influenciado por ele. E ele não está muito errado. Nele, uma equipe de pesquisadores encontra o corpo de um extraterrestre e o leva para dentro da base, o que acaba fazendo com que ele coloque em risco a vida de todos.


Vampiros de Almas | “Invasion of the Body Snatchers” | 1956 | dir. Don Siegel
Em um dos filmes mais icônicos da ficção científica, o que não sobram são polêmicas. Talvez seja uma invasão de comunistas, talvez o McCarthysmo tomando conta, talvez até nada disso. Nessa pequena cidade algumas pessoas começam a ser substituídas por clones sem sentimentos vindo de enormes vagens extraterrestres, e fica para você decidir que lado o filme estava.


Guerra dos Mundos | “The War of the Worlds” | 1953 | dir. Byron Haskin
Depois de ser um best seller e ficar ainda mais famoso nas rádios com a adaptação de Orson Welles, que criou pânico nas ruas fingindo que era verdade, uma das mais clássicas histórias do sci-fi chega aos cinemas. O filme é preciso: a Terra foi invadida por discos voadores de Marte e a humanidade não tem capacidade de enfrenta-los, apenas se tiverem muita sorte.


O Dia em que a Terra Parou | “The Day The Earth Stood Still” | 1951 | Robert Wise
Falando em invasão extraterrestre, Klaatu chega por aqui para trazer uma mensagem bem clara, mas o governo dos Estados Unidos parece não entender muito bem o que é e acaba matando-o… mas seu robô, Gort, ressuscita ele e ambos vão em direção ao céu deixando a Terra aos cuidados do destino. Sim, Klaatu, não Jesus Cristo.


Planeta Proibido | “Forbidden Planet” | 1956 | dir. Fred M. Wilcox
Considerado o maior filme de ficção científica da década e último grande filme dessa “fase clássica”. Adaptação da peça A Tempestade, de William Shakespeare, e aproveitando todas possibilidades visuais do gênero, a produção é uma aventura que fica pela posteridade, tanto pela complexidade do vilão e seu “Monstro de Id”, quanto pela presença de Robby “O Robô”, um dos autômatos mais famosos do gênero.


Planeta dos Macacos | “Planet of the Apes” | 1968 | dir. Franklin J. Schaffner
Já com os dois pés nessa nova fase da ficção científica, o filme conversa com um pessimismo embaralhado com crítica social e até filosofia. Nele, um astronauta cai em um planeta desconhecido onde os macacos se desenvolveram e controlaram toda sociedade, escravizando seres humanos.


2001 – Uma Odisseia no Espaço | “2001: A Space Odyssey” | 1968 | dir. Stanlet Kubrick
Ápice do gênero nos cinemas, o filme de Stanley Kubrick extrapola a ideia de contar uma simples história e coloca o espectador dentro de uma experiência que acompanha a humanidade encontrando esse misterioso monólito em três momentos, empurrando-os para a evolução de toda civilização. Tudo bem, parece complicado… e é mesmo, mas o desafio vale toda a pena.

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