Sting – A Aranha Assasssina | Um “filme B” do jeito que você deveria gostar

A objetividade de Sting – A Aranha Assassina é impressionante. Mais do que isso, é delirantemente divertida e um deleite para os fãs de terror e animais malucos que decidem matar humanos. Nesse caso, “animais”, já que a tal da aranha num é bem a nossa aranha daqui. Mas isso faz parte da diversão.

Depois de um prólogo apresentando uma velha senhora com Alzheimer e um barulho por trás das paredes, Sting volta alguns dias para mostrar que aquele barulho tem origem em um meteorito que cai dentro do apartamento da senhora e de onde sai uma aranha. Pequena ainda, mas que a gente sabe que crescerá. Muito. Não tanto quanto um daqueles filmes atômicos dos anos 40, mas grande o suficiente para se tornar uma “aranha gigante espacial”, o que é uma expressão que esquenta o coração de qualquer um.

Ainda pequenina ela vai parar em um pote e se transforma em “pet” da menina Charlotte (entenderam a referência????!!!), que mora a alguns apartamentos de distância do apartamento original da aranha e fica rodando pelo prédio através de tubulações que deixariam o John McLane orgulhoso. A menina é filha de um casal com seus problemas monetários normais, um irmão bebê e um padrasto que faz de tudo para ela enxergá-lo como pai. Mas isso não interessa muito, já que a Terra está “passando” por um inverno intenso graças a passagem de um meteoro, por isso, todos estão “presos” naquele prédio.

O filme é escrito e dirigido por Kiah Roache-Turner, acostumado a filmes que não estão tentando ser sutis, como Wyrmwood e Nekrotronic (não deixem de procurar esses nomes!), portanto, com cinco minutos de Sting você já sabe tudo que vai acontecer. Quem são as possíveis vítimas, como elas vão morrer, o tanto que essa aranha vai crescer e como os heróis vão conseguir matá-la. Portanto, é só relaxar e aproveitar.

Sting então aposta na câmera dinâmica e em alguns bons momentos de gore e sustos. Não “jump scares” de portas abrindo e gatos que até aquele momento não tinha aparecido no filme pulando em sua direção, mas aquele momento onde você, pobre espectador terá que encarar por tempo demais uma das vítimas da aranha, mesmo sem estar preparado para olhá-las no primeiro momento.

Como se Kiah Roache-Turner entendesse o quanto esses clichês do terror ainda podem ser explorados mesmo sem parecerem óbvios. Uma experiência onde ninguém está a salvo da tal da aranha, nem o papagaio, o bebê e muito menos o herói, até porque, o nerd maluco e meio psicopata e a velha meio bêbada que maltrata todo mundo, você já sabe o destino, é além deles que reside a diversão.

Até porque, é uma “aranha espacial gigante” matando todo mundo que vê pela frente com até um toque ou outro de sadismo e nojeiras. Não dá para esperar muita coisa, mas o que você espera, realmente você receberá e amará.


“Sting” (AU, 2024); escrito e dirigido por Kiah Roache-Turner; com Noni Hazlehurst, Jermaine Fowler, Alyla Browne, Robyn Nevin, Ryan Corr, Kate Walsh e Penelope Mitchell


Trailer do Filme – Sting – A Aranha Assassina

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