Assistir Chaplin é ter uma aula de cinema. O pequeno vagabundo, com seu chapéu coco, bigodinho e um bengala, fez mais pelo cinema do que uma enorme (leia-se quase sua totalidade) maioria de homens que já ousaram estar por trás das câmeras. E Tempos Modernos é a prova disso.
São nesses momentos que se entende um pouco mais o que é a tal “linguagem cinematográfica” que tanto se fala. A cada imagem todos são presenteados com um significado tão forte e concreto que demonstram claramente por que Chaplin se mostrava arredio em relação ao som, já que deixava claro que não parecia haver necessitada de palavras faladas quando suas imagens já falavam por si só. Chaplin era icônico em cada composição na qual colocava sua lente.
Tempos Modernos é um daqueles filmes que não merecem ser falados em poucas linhas, que não consegue ser analisado em poucos palavras, um livro talvez compreendesse tal tarefa? Não. O único jeito de entender, e analisar, Tempos Modernos, em sua totalidade, é vê-lo, e aproveitá-lo não como um produto da indústria do cinema, mas uma obra de arte do mundo.
Modern Times (1936) escrito e dirigido por Charles Chaplin, com Charles Chaplin, Paulette Goddard and Henry Bergman