Mais uma Berlinale chega ao fim. Foram mais de 300 filmes selecionados e mais de 60 prêmios entregues por diferentes juris e instituições. O festival também contou com 12 produções e co-produções brasileiras, com algumas indo embora com alguns prêmios debaixo do braço.
A abertura do festival ficou por conta da animação Ilha de Cachorros (“Isle of Dogs”), de Wes Anderson. O filme levou ao tapete vermelho boa parte de seu elenco que, como é de se esperar em um filme do cineasta, é um baita elenco, com Bryan Cranston, Greta Gerwig, Bill Murray, Jeff Goldblum, Kunichi Nomura, Liev Schreiber, Koyu Rankin, Bob Balaban, Tilda Swinton, Akira Takayama, Yojiro Noda e Mari Natsuki.
Mas talvez o que fique para marcar a Berlinale deste ano foi seu amor ao cinema, um festival de salas sempre lotadas, às vezes até com pessoas de pé nos corredores do cinema (quando autorizado, logicamente!). Comprar um ingresso era algo a ser feito com muita antecedência e mesmo filmes com equipe e elenco não conhecidos estavam com sessões esgotadas. E o melhor de tudo, Todos os filmes aplaudidos ao final das sessões e um clima de festival acolhedor. O tipo de evento que dá vontade de voltar assim que termina.
Mas vamos ao que interessa, os principais prêmios dessa Berlinale:
- Urso de Ouro de melhor filme: “Touch me not”, de Adina Pintilie (Rom/Ale/Cze/Bul/Fra)
- Grande Prêmio do Júri, Urso de Prata: “Twarz” (“Mug”), de Malgorzata Szumowska (Pol)
- Urso de Prata de melhor diretor: Wes Anderson, com Ilha de cachorros (EUA)
- Urso de Prata de melhor atriz: Ana Brun, em “Las Herederas” (Para/Uru/Ale/Bra/Nor/Fra)
- Urso de Prata de melhor ator: Anthony Bajon, em “La prière” (Fra)
- Urso de Prata de melhor contribuição artística: “Dovlatov”, de Alexei German Jr. (Rus/Pol/Ser)
- Urso de Prata de melhor roteiro: “Museo”, de Alonso Ruizpalacios (Mex)
- Urso de Prata Alfred Bauer (em memória do fundador do festival para um filme que abre novas perspectivas):
- “Las Herederas” de Marcelo Martinessi (Par/Uru/Ale/Bra/Nor/Fra)
- Prêmio de melhor documentário: “The Waldheim Waltz”, de Ruth Beckermann (Aus)
- Prêmio do melhor primeiro filme: “Touch me not”, de Adina Pintilie (Rom/Ale/Cze/Bul/Fra)
- Urso de Ouro de melhor curta: “The Men Behind the Wall”, de Ines Moldavsky (Isr)
- Urso de Prata de melhor curta: ¿Imfura¿, de Samuel Ishimwe (Sui/Rua)
- Teddy de melhor filme (para filmes com temática LGBT): Tinta Bruta, de Marcio Reolon e Filipe Matzembacher (Bra)
É o segundo ano consecutivo que uma mulher ganha o maior prêmio da Berlinale ¿ o vencedor do ano passado foi o húngaro Corpo e Alma, de Ildiko Enyedi, que concorre este ano ao Oscar de melhor filme estrangeiro. As vitórias do cinema latino-americano também merecem destaque, com quatro grandes prêmios conquistados. Além disso, os filmes brasileiros também arrebataram as seguintes categorias (sem contar o terceiro lugar na votação popular da Mostra Panorama do documentário O Processo):
- Prêmio Lobende Erwähnung, de documentário: Ex Pajé, de Luiz Bolognesi (Bra)
- Prêmio do Juri Fipresci para a mostra Competition: “Las Herederas” de Marcelo Martinessi (Par/Uru/Ale/Bra/Nor/Fra)
- Prêmio CICAE para a mostra Panorama: Tinta Bruta, de Marcio Reolon e Filipe Matzembacher (Bra)
- Teddy de melhor documentário (para filmes com temática LGBT): Bixa Travesty, de Claudia Priscilla and Kiko Goifman (Bra)
- Teddy dos leitores, oferecido pela Mannschaft (para filmes com temática LGBT):”Las Herederas” de Marcelo Martinessi (Par/Uru/Ale/Bra/Nor/Fra)