Zumbilândia Filme

Zumbilândia | Diversão e zumbis

Imaginem um mundo apocalíptico onde os mortos voltaram a vida já que o inferno se encontrava cheio, zumbis para todos os lados (na verdade a sua grande maioria nos Estados Unidos) obrigando os poucos sobreviventes a se ilharem em casas nos confins caipiras da terra do Tio Sam ou em shopping centers de grandes cidades. Pensem que diante de um cenário desses, por mais absurdo que seja, algum idiota vai fazer alguma idiotice e você vai dar risada disso. Isso é Zumbilândia.

Diridigo por Ruben Fleitcher, Zumbilândia é exatamente isso: um tentativa de olhar para um outro ponto do mapa dos Estados Unidos enquanto George A. Romero fazia sua trilogia dos Mortos (continuo achando as outras duas sequencias um besteira a serem esquecidas, assim como essa nova tendência de zumbis corredores). É lógico que não existe uma mínima comparação entre eles em termos narrativos, mas sim uma vivacidade bem vinda para um assunto esgotado, não tendo em mãos algo nem perto do sensacional Shaun of the Dead (me recuso a usar o título nacional), mas pelo menos conseguindo provocar algumas boas risadas.

Talvez não só isso, já que para os amantes do gênero “zumbis”, a comédio guarda uma boa bagagem de mortes explicitas e sem frescura, cheias de gosmas, sangue e bom humor, que sai ganhando exatamente no momento que não se leva a sério, fazendo assim com que o espectador compre perfeitamente a idéia. Que ainda conta com algumas boas ideías como a das regras do personagem principal para se sobreviver dentro daquele mundo (ou seria dentro de um filme de zumbis) ou da “zumbi kill of the week”, uma espécie de prêmio para melhor assassinato de morto-vivo da semana (coisa que é esquecida no fim do filme, e que merecia uma lembrança, principalmente durante a “épica” sequencia final no parque de diversões). 

Por outro lado, perde totalmente o rumo quando tenta ser sensível, mostrando algumas tristes perdas de alguns personagens, sem perceber que o segredo de seu sucesso seria apostar única e exclusivamente no humor de tudo aquilo, como no flash back do protagonista às voltas com sua vizinha pouco antes do começo da “zumbificação”, ou até se mantivessem o cachorro no lugar do filho de Woody Harrelson.

Mas a bem verdade é que um olhar mais profundo vai encontrar uma série de soluções óbvias e pouco inspiradas, que criam até um falta de surpresas, mas mesmo assim nada que atrapalhe tanto o resultado do filme, principalmente graças a um visual agradável, ágil e que acompanha perfeitamente uma idéia meio caótica da produção.

Zumbilândia está longe de ser uma maravilha, é absurdo, meio insano, imbecil em níveis altíssimos e com certeza divertido, talvez crie uma das maiores chacinas de zumbis da história do cinema e conta ainda com uma participação impagável de Bill Murray, provavelmente vai acertar em cheio quem procura uma distração de noventa minutos de sangue e piadas idiotas.


Zombieland (EUA, 2009) direção: Ruben Fleitcher com: Woody Harrelson, Jesse Eisenberg, Emma Stone, Abigail Breslin e Bill Murray


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