Por mais que o cinema tenha um receio imenso de eleger novos gênios da sétima arte enquanto aqueles que mudaram o cinema nos anos 70 e 80 ainda mantêm a vitalidade de suas obras, talvez já seja hora dessa porta ficar aberta para, pelo menos, alguns poucos nomes entrarem nessa sala. E o dinamarquês Lars Von Trier seria um dos primeiros dessa fila.
Primeiro, pelo caminho corajoso com que vem traçando sua carreira, desde o movimento Dogma 95 (que talvez tenha sido o único que o cinema tenha visto nas últimas três décadas) passando por sua Palma de Ouro em Cannes por Dançando no Escuro e chegando até hoje, com seu Melancolia, uma estarrecedora visão do fim.
É verdade que Von Trier parece menos focado em contar uma história propriamente dita, como no perturbador Anticristo, mas, ao mesmo tempo, mostrando que essa nova fase de sua carreira acaba então tendo sido despertada pelo próprio, que foi realizado depois de uma crise de depressão que abateu o cineasta. Com isso, Melancolia tenta então traçar um paralelo entre duas irmãs e a aproximação de um enorme planeta (que nomeio o filme), supostamente em rota de colisão com a Terra.
Em outras palavras, Lars Von Trier, à seu modo peculiar, faz um filme catástrofe para chamar de seu.
Peculiar, por que nem por um segundo Melancolia dá qualquer esperança que seja para seu espectador, e é nesse momento que se entra no terreno fértil da mente do diretor. Von Trier deixa a impressão de que, mesmo em pouco tempo do início do filme tudo tenha acabado sob os acordes de Wagner (em Tristão e Isolda) em uma belíssima sequência em câmera lenta (assim com em Anticristo) que culmina com o choque e a destruição, da Terra, o que vem depois é um exercício poético e inquietante sobre o que fazer quando tudo é inevitável.
Mais ainda, por um momento, onde segundos se tornam minutos e tudo parece se mover sem sair do lugar, presente, passado e futuro se encontram entrelaçados nessa espécie de pesadelo apocalíptico, onde Kirsten Dunst e Charlotte Gainsburg, são mães, irmãs, noivas e esposas, enquanto tudo ruma para um esse fim.
Melancolia é então apresentado em dois tempos, nomeadas através das duas irmãs. O primeiro, com a noite de casamento de Justine (Dunst, perdida no infinito) e depois pelo olhar de Claire (Gainsburg em mais um papel marcante) às portas da tragédia, sem saber o que fazer diante da chegada desse planeta.
Talvez seja por meio dessas duas personagens que Von Trier tente pintar esse retrato cruel e exposto, que (como as imagens que Justine escolhe para ilustrar o escritório) parece ser impossível de desviar o olhar. Melancolia talvez seja isso então, aquele acidente automobilístico que não lhe deixa prestar atenção em mais nada e depois não se esvai de seus pensamentos.
O cineasta dinamarquês faz isso, principalmente, por se sentir confortável entre símbolos e significados, como se soubesse que nenhuma história consegue ser contada apenas com as imagens (pelo menos não as dele). É a partir desse princípio que Melancolia traça esses dois momentos, esses dois olhares, esses dois modos de encarar o que vem em seguida.
Justine, assim como em seu pesadelo no começo do filme, tenta andar por essa floresta, mas está presa a uma espécie de cipó trançado em volta de suas pernas, apática diante não só dos convidados de sua festa, como do mundo que a cerca, espremida por uma família que parece não conseguir aceitar essa dor que lhe faz se arrastar sem objetivo por sua vida. À sua volta, ninguém parece capaz de aceitá-la do jeito que ela é. Talvez nem ela mesma.
Do outro, nesse segundo momento, Justine (agora em uma atuação esplendorosa de Dunst, sobrecarregada pelo peso da personagem e, literalmente, cambaleando por esse mundo) se torna quase um resquício daquela mulher e, destruída por uma depressão, acaba indo passar uns dias com sua irmã Claire. É a partir daí que Von Trier engancha seu espectador nesse retrato brutal da alma do ser humano, já que o tal Planeta Melancolia está a dias de cruzar o caminho da Terra e, enquanto parte da comunidade científica (como o marido de Claire prefere enxergar) se mostra despreocupada com a aproximação dos dois, uma outra parte não consegue fugir da sensação de catástrofe que vem a seguir.
Von Trier não está preocupado com essa esperança, já que, de acordo com o começo do filme, é tudo inevitável, mas sim procurando entender como cada um se portaria diante do fim. Não o mundo, mas apenas essas quatro pessoas. Como sempre, o cineasta está sim em busca da pessoa, da unidade e do ser humano como único em uma situação que ele acaba não tendo controle.
Claire vê aquilo como o fim de sua família, de seu filho, do amor com seu marido, é incapaz de compreender o inevitável da vida e só observa de longe sua irmã Justine se banhando nua ao reflexo azulado que o Planeta Melancolia colore as noites com sua aproximação. Do outro lado, Justine, abatida pela depressão, vê nessa catástrofe a possibilidade do fim de toda essa dor de um mundo que parece não aceitá-la.
Muito embora nesse momento Von Trier talvez ainda tente se livrar dos fantasmas de sua própria condição recente, tentando buscar um significado para seu próprio caminho (já que teve que ¿matar¿ seus demônios em Anticristo) agora acaba então tentando mostrar que, diante do inevitável, ao invés de se debater e fugir sem objetivo como insetos, o melhor seja aproveitar o tempo que lhe resta, construir seu próprio abrigo e se juntar com quem (em poucos momentos ou não) conseguiu te aceitar durante o que passou. Se na psicologia a melancolia é a perda (diminuição) de si mesmo diante dos demais, como se não conseguisse se sentir apto a fazer nada com propriedade, são em momentos como esses (finais) que todos acabam então tendo a certeza de que, mais do que nunca, não existem diferenças.
E mesmo com essa espécie de pessimismo (que não é novidade, mas algo recorrente nas obras do diretor) o que Melancolia faz, não é mostrar o que ocorre, perigando cair em um pragmatismo que, muito pelo contrário, não combina com o cineasta, mas sim fazer cada um de seus espectadores pensar naquilo, tentar entender e imaginar o que se pode fazer quando se perde o controle sobre o mundo que você vive, quando nada mais importa a não ser o que já passou. Assim como não se esconde por trás de verdades próprias e apenas faz com que o espectador perceba que, seja em um casamento, na relação com a família ou em uma vida inteira, os ciclos mudam e tudo que começa acaba, mesmo que toda sua duração seja relativa.
Mas, ao mesmo tempo, Melancolia ainda tenta lembrar a todos que nada é mais substancial, palpável, calmo e relaxante que a esperança, seja apenas um fio dela que faz Claire relaxar ao sol, ou o contrário, que permite que todos esperem que a passagem do planeta seja apenas um acontecimento inesquecível e belo. E não a falta de caminho para seguir, já que todos levam ao mesmo lugar, mas a possibilidade de fazer com que cada momento tenha a possibilidade de ignorar esse peso e voar ao céu como os balões com palavras de celebração na noite do casamento de Justine. Justamente, não uma fuga, mas sim uma esperança.
No fim de tudo, Von Trier (que mais do que nunca parece não fugir de seu próprio Dogma95 e não esconde a dependência diante de seus personagens, com essa câmera inquieta, tremendamente plástica, mas, instintivamente sempre à procura do que está por trás daquelas pessoas) não foge do ritmo lento, que faz mais ainda que Melancolia seja essa experiência pesada, já que a idéia principal é mostrar que diante do inevitável, aquilo que se entende por tempo não liga em se estender, assim como faz com que o escuro do final do filme, e o silêncio com que os créditos ganham vida, seja reconfortante e um belo momento para todos tentarem entender o que acabaram de ver, já que Lars Von Trier mostra que não há jeito mais poético e belo de acabar com o mundo do que esse.
Melancholia (EUA, 2011), escrito e dirigido por Lars Von Trier, com Kirsten Dunst, Charlotte Gainsbourg, Keifer Sutherland, Charlotte Rampling, John Hurt, Alexander Skarsgard, Stellan Skarsgard e Udo Kier
65 Comentários. Deixe novo
Jack Bauer pegou uma bomba quando aceitou esse filme! Engraçado são os intelectualóides chamando de “imbecis” quem não gostou! hahahaha… _|_
Esse Filme é um LIXO! Além de Super Cansativo pra se assistir, pois é moroso do início ao fim, Retrata um casamento onde a Noiva se comporta como uma Prostituta (O que isso nada tem a ver com Fim de Mundo) Mostra as pessoas com reações ridículamente insensatas, o que não aconteceria na vida real. E pra piorar ainda mais, transforma a Atriz Principal em uma VIDENTE! Filme de muito mal gosto, mal feito, produção extremamente barata. E ainda esqueçi da parte do Cavalo que ridiculamente não atravessa a Ponte, sem nenhuma lógica. Aliás Pra Piorar ainda mais, O Planeta Se aproxima e depois se afasta depois se aproxima de novo isso em 1 dia. O Planeta então é um IOIO. RIDICULO. Nem sei porque foi criado! NOTA Abaixo de -1.000
Nossa, que filme! Estou tentando me recuperar ate agora de toda a cadeia de pensamentos e reflexoes que vieram depois disso…nao consegui dormir direito.
Se o intuito do diretor era perturbar o psicologico de pessoas mais sensiveis, ele conseguiu…pelo menos o meu foi devidamente perturbado…
Muito bom mesmo, valeu a pena, mas nao quero assistir de novo..rs!
Eu NAO gostei…..acho que devia ser mais esclarecedor do que foi… Parece que no primeiro instante estamos assistindo a um filme normal. Mas perebi que a justinre e louca de pedra. Como ela casa com um homem tao lindo e nao fica nem um dia com ele. E a claire e pior do que a doida da irma dela, eu em!
O filme é meio chatinho no início, mas aos poucos o enredo nos mostra a falta de compaixão que o ser humano tem com o próximo através dos tempos. Esse filme faz-me lembrar das obras Machadianas, em que nos finais,a filosofia se faz prevalecer. Para assistir, tem que ter paciência, pois o filme atinge um público-alvo e não em massa. Logo, o filme é para poucos.
Ao “Sr. Crítico José Silva”, sabes o que foi o movimento impressionista? Porque, pelos seus comentários, sua reflexão cultural em entender as coisas é péssima!
Um filme onde o apocalipse é apenas um pretexto para retratar a vida de duas irmãs. Ao contrário dos demais filmes sobre o apocalipse, não há ação nem efeitos especiais, tudo corre por conta apenas pelo talento dos excelentes atores do filme. Uma obra de arte, filme brilhante em minha singela opinião.
O maravilhoso cinema de Trier deveria vir com um aviso:impróprio para imbecis.
Pois é,
vi este filme ontem e tb achei uma melancolia só…gente depressiva é barra para aturar memos, quem tem amigos ou familiares assim sabe bem disto!
Vale pelo trabalho das atrizes principais e pela fotografia.
Agora, na raia miuda, este povinho que habita este maravilhoso planeta TERRA bem que merecia um planeta maroom em rota de colisão para por fim a desgraça que é a raça humana!
ah ….. só não entendi se a Justine largou do marido no segundo ato??? ela aparece sem aliança!!! ela é bem egoísta… seu marido parecia ser muito amável!!! e o coitado levou atá chifre!!! pra mim tudo é culpa da mãe delas que é super depressiva e magoada por seu casamento não ter dado certo!!!
Achei bem diferente, para reflexão. Muito bom trabalho do ator Udo Kier. E, por isso, estou na expectativa da estréia da série que ele participa, Borgia, que fala sobre a ambição de uma família para chegar ao poder no Vaticano. Quero muito assistir.
Q filme chato….
A grande maioria das pessoas acorda, se arruma,vai pro trabalho, volta, assite televisão e dorme. Nem questiona no que é obrigada a engolir e não reflete sobre a vida (e na inevitável morte).
Este filme não é para pessoas deste tipo.
Então, vão para os cinemas rir e se divertir.
Melancolia é ótimo filme, fotografia lindíssima e atuações mais que perfeitas.
Mas, é filme para pensar nas relações humanas e (no meu entender) na melancolia que está destruindo a humanidade.
SÓ DA pra entender que a justine tem depressao quem leu o roteiro…porque no filme ela tá até feliz demais….
Filme bobo….ela procura no google que o mundo vai acabar,,,fica sabendo pela internet..mas nao sai na tv..ninguem comenta….ficam duas tontas paradonas olhando um telescopio!!!e uma delas rindo!! isso que é depressao!! NOSSA POVINHO BESTA MESMo!! quem disser que entendeu o filme e gostou é pq se contenta com pouca porcaria mesmo..
UM LIXO DE FILME! nao percam tempo..nao tem nada que entender..nao tem dialogo,nem enredo…..filme escuro, parado,chato..horrivel…..só entendeu o filme quem leu os comentarios ,e mesmo assim teria outro jeito muito mais prazeroso de se filmar esse tema..GEnte burra é quem quer se fazer de especialista em filme e elogiar essa porcaria….FILME MEDIOCRE..HORRIVEL..CHATO. E BURRO!!!
Alguns não entenderam o filme…Como tem gente burra neste mundo!
Mas ok, não gostar é um direito…aff
Filme ruim é assim mesmo.
Um bando de bobos quer se passsar por inteligente dizendo que o filme é complexo.
Cinema é entretenimento, só isso, e como tal, o filme não presta.
Realmente o filme foi feito para causar a melancolia e principalmente, para pensarmos. Leio os comentários dos que detestaram e confesso, a grande maioria não gosta porque não entendem e quanto a isso tenho que dizer: CUIDADO, OS IGNORANTES VOTAM!
Realmente, esse filme não é pra qualquer pangaré…muito menos para críticos de “gatilho”.
Esperavam um superman, mas tiveram que assistir ótimos atores (todos), um enredo interessante e um diretor consagrado.
A obra é um sucesso na Europa e USA.
Boa noite a todos. Li todos estes comentários sobre o filme. Alguns realmente pertinentes e sábios, embora a maioria representa apenas a dificuldade de certas pessoas na compreensão, ou mesmo na impossibilidade de ver o filme com bons olhos.
O filme é ótimo, embora denso. As interpretações são boas, não excelentes, mas creio que o objetivo nem seria este.
Para gostar deste gênero de filme é necessário ir com calma…
Acho que o seu texto está tão bonito até quanto o próprio filme. Aliás, oh filme triste. Me fez ficar totalmente “sem esperança”, amargurado, triste. Melancolia é a própria depressão em forma de filme. Ótimos atores, ótimo cineasta. Resumindo o filme: tão complicado de se “entender” quanto entender a causa da crise depressiva, da existência humana!
Para quem só consegue apreciar a beleza estética hollywoodiana, não recomendo. Eu, particularmente, achei o filme espetacular! O filme não é para entretenimento, como já foi dito; Trata-se de um filme contemplativo e um convite a várias reflexões.
O que muitos aqui chamaram de monotonia, depressão gratuita, chatice e até mesmo lixo, eu entendi como a formidável capacidade do diretor de tratar assuntos contemporâneos das relações de poder, amor, ódio e a malevolência humana. Enfim, uma análise da nossa contemporaneidade depressiva que a grande maioria se nega a enxergar. Mas o filme é sutil e singelo, portanto, quem não tem apresso por obras que te exijam mais do que o plano de consciência imediata, a estes, recomendo os simplórios e fugazes filmes hollywoodianos ou que comecem a repensar o que se pode espera da sétima arte!
O filme Melancholia, que não encontrou solução para algumas situações que criou (a mãe de Justine, p. ex.) é uma leitura feliz da dor psíquica que pode ser chamada de depressão ou de melancolia. aquela doença do nosso poeta Augusto dos Anjos. Assim ele a descreve:
“O homem por sobre quem caiu a praga
Da tristeza do Mundo, o homem que é triste
Para todos os séculos existe
E nunca mais o seu pesar se apaga!
Não crê em nada, pois, nada há que traga
Consolo á Mágoa, a que só ele assiste.
Quer resistir, e quanto mais resiste
Mais se lhe aumenta e se lhe afunda a chaga.
Sabe que sofre, mas o que não sabe
E que essa mágoa infinda assim, não cabe
Na sua vida, é que essa mágoa infinda
Transpõe a vida do seu corpo inerme;
E quando esse homem se transforma em verme
E essa mágoa que o acompanha ainda”.
poxa pessoal veen pelo lado bom tem kristen dunst pelada nao importa si e ruim
Eu creio que o diretor passou o que ele mesmo sentia ou sente em sua obra. A temática gira em torno da individualidade e o tempo é um termo constante e de certa forma angustiante no filme. Bela fotografia e atuações, o que absorvi de positivo do filme é o fato de que cada escolha tem sua consequencia… Enfim, veja o filme se estiver 100% confiante em si mesmo (fikdik).
Este filme deveria estar apenas na cabeça do autor! Proibido de expressar sentimentos de uma mente confusa e maluca como a dele.
Não sei como ele conseguiu gente para bancar a criação deste filme horrível!!!!!!
Não percam tempo pessoal!!!! Não vejam esse lixo!! A única coisa que presta no filme são algumas imagens bonitas onde deveria ser feitas gravuras e colocadas em parede.
É um filme muito burguês, apesar da linda fotografia, e das actuações espectaculares. Aliás o realizador tem estes altos e baixos.
Curiosamente um dos melhores filmes dele que vi, o Dogville acaba por ser copiado (ou pelo menos parafraseia) em grande parte de uma peça teatral quase desconhecida do JP Sartre “O Diabo e o Bom Deus”… enfim…
para ver histórias destas, apocalípticas e exacerbadas, é preferível voltar ao velhinho Sétimo Selo do Bergman. Esse sim, tem mais para dar.
aqui jaz a humanidade
comparar Melancolia com O Cão Andaluz é o mesmo que comparar o que é melhor, uma maçã ou uma laranja… a ideia dos filmes é completamente diferente…
O Lars Von Trier é um bom artesão , mas seu filme não chega ao nivel de mestres como: Tarkovisk , Felini ou Bunuel. O filme Melancolia talvez choque mais pelo seu niilismo… não ter um final feliz onde todos o problemas se resolvam como no passe de magica. Para um publico acostumado com finais felizes de Hollywood.Melancolia não é nenhuma novidade, tarkoviskc em Stalker trabalhou este tema. melancolia ainda segue o preceito clasico de linearidade, imagem este publico assistindo Un chien andalou (Um cão andaluz) um filme surrealista lançado em 1928 na França e dirigido/escrito por Luis Buñuel e Salvador Dalí, ida dar um verdadeiro no em seus cerebros…hehehe.por isso tudo é um bom filme e seu diretor é um bom artesão … mas é só.
Como minha namorada me disse: “Tudo é muito ruim nesse filme. Mas é um ‘muito ruim’ muito bem feito!” Justine e o micromundo ao seu redor (exceto Claire) são o niilismo ao extremo!
E a cena final… bem… prevejo que vou ter pesadelos com ela o ano todo! Rsrsrsrs…
Melancolia realmente é um filme muito rico,diferente,sensível,filosófico.
A meu ver vale muito a pena assistir.
Belíssima fotografia.
Achei o filme simplesmente espetacular. A medida que a história vai passando a gente se envolve de uma maneira, sem saber o que vai acontecer no minuto seguinte. É denso, perturbador, da uma agonia, essa é a neura do filme, fazer a gente sentir tudo isso.As atrizes são fantásticas. MARAVILHA!
O nome do cavalo é Abraão. Acredito queira dizer algo sobre a impossibilidade da terra prometida. Algo também impossível apesar dos avanços tecnológicos – carro de golf. Bem… não li isso em lugar algum. Trata-se apenas de mais uma leitura.
Um filme estranho.
Tem algumas curiosidades que notei:
Porque no filme o tanto o cavalo como o carro de golgf nao conseguem atravessar a ponte
e ir para a vila??
E porque dao enfase ao campo de golfe com 18 buracos no primeiro ato, e no segundo aparece
a Justine proxima a bandeira do buraco 19????
É…um filme para se assistir chapado.
Na boa, não entendo como uma pessoa que gosta de Miss simpatia ou de se beber não case perde tempo vendo um filme desse. Tanto melancolia como arvore da vida são obras de arte para poucos, para pessoas que entendem pelo menos um pouco sobre psicologia, filosofia…
O nome deixa explicito sobre o que irá desencadear…
Para quem gostou do filme parabens, para quem nao gostou do filme parabens tbm.
Esse filme não so demonstrou como é a melancoria em si, mas tbm deixou uma arte inegavel nao tem o proposito de fazer com que as pessoas que tenham depressão piorem ou muito menos transformar pessoas saudaveis ao estado de depressão. Analisando tudo percebo que nos seres humanos, não estamos preparados para o inevitavel e muito menos com os minutos e segundos finais de nossa vida, o olhar de mudança no qual a Justine tem por conta de sua melancoria a sua aceitação total de si mesmo em relação a todos os outros e ate ela mesma que muitas vezes no filme entrava em contradição com suas proprias verdades o mais importante seria a resposta que o mundo a Terra seria aniquilada e junto delas todos nos, assim cessando sua melancolia e si mesma, indo de oposto com claire sua irmã onde se via o medo, o apego a familia e a dedicação de mãe, que se notarem o desespero dela é da visão de mãe “proteger sua cria” mesmo estando com medo, enquanto Justine aceita o inevitavel sorrindo e ate se despindo para o planeta que vai colidir com a Terra enquanto Claire chora e não aceita de forma nenhuma o fim inevitavel de todos de uma hora pra outra.
O diretor foi um grande sacana transportando suas vivencias pessoais para dentro do filme, pode se dizer que não é um filme qualquer, pois pela sua experiencia de seus problemas percebemos claramente o que ele quis passar, um filme que ao meu ver honesto, humano, profetico e não esquecendo o seu titulo melancolico.
So tenho a agradecer por ter visto uma obra de arte e o que me deixa mais feliz, é da setima arte!!!
Saudemos todos pois o que procede no final do filme com alguns minutos em preto e total silencio é uma afirmação pois a melancolia acabou e nos estamos curados.
FILME SEM SOMBRAS DE DUVIDA….
….. FANTASTICO
Sou apreciadora das 7 artes com uma paixão especial pela sétima (esta me fascina!!!!)
Interessantíssimo! Deliciosamente pitoresco!
As atuações estão magníficas!!!!
O filme é uma bosta mesmo, e nem tentem comparar com Tranformers ou a Arvore da Vida, isso é um sacrilegio, no inicio o filme é até “bonitinho” depois o máximo que ele consegue é te dar uma dor de cabeça terrivel, e um torcicolo pois vc passa a olhar incontrolavelmente para o visor do dvd esperando que as torturantes duas horas estejam chegando ao fim. O diretor deveria doar parte do dinheiro arrecadado com a bilheteria para os infelizes que saem das salas de cinema com dor de cabeça, haja remedio, ironicamente o filme provoca esperança…Você acredita que algo realmente interessante vai acontecer, mas então vem o visor do dvd e destrói tudo, o filme está acabando e não aconteceu NADA. Só uma dica para quem não assistiu ainda: “NÃO PERCA SEU TEMPO.”
Creio que este filme estará na lista dos filmes que tenta traduzir o que poderia se passar se uma catrastrofe Celestial acontecesse….mas vamos ficar só na ficção….ainda não estamos preparados pra isso, mesmo que ele saia de traz do sol….Huau….Fisica-Ufam
Francamente porque produzir um filme tão perto da realidade? se de fato o mundo fosse acabar, pois se fosse realmente acontecer certamente as pessoas agiriam como os personagens deste filme para pior… então o grande desafio seria tentar apresentar o oposto. pois para mim criar um longa com este contexto não é nada surpreendente e sim totalmente obvio.
É um filme chato onde em minha opinião só valeu a pena a apresentação da abertura que é linda mas o resto é resto não me agregou em nada como a personagem justine disse para outro personagem …se eu tivesse que descreve-lo em uma palavra usaria o NADA.
eu não me engano com filmes deste tipo só porque o diretor decidiu criar um filme diferente ele passa um dos grandes nomes da lista da atualidade.
pode ate ser que o filme tenha sido produzido para refletimos sobre nosso mundo interior.mas, sinceramente já vi muitos filmes que expressão melhor isso.
amei o filme Another Earth, pouca verba mas com certeza o melhor filme que ja assisti.
posso ter me deixado entender errado, o que eu quis dizer é que o Dogma foi o único movimento que o cinema produziu nos últimos tempos, e a sobrevida dos diretores que fizeram parte do movimento prova isso (isso é um elogio ao movimento a a seus diretores)… e concordo, bebeu sim….
caro amigo vinicios na sua critica você fala que “talves tenha sido o único que o cinema tenha visto” vou citar uma grande diretora saida desse movimento susanne bier levou o oscar de melhor filme estrangeiro o ano passado. E tem mas lars von trier bebeu na inesgotavel fonte de Andrei Tarkovski ´só que não bebeu do essencial da obra de tarkovski, a esperança.
Me desculpe Sr. José Silva, é possivel que jamais leia isto mas tu és uma besta!!!
Eu esperava que ele fosse mais fundo, mas posso dizer que gostei do filme.
Concordo com você Samuel. Quando uma pessoa se propõe a assistir um filme sério (não estou falando da sessão da tarde que você assiste quando não tem nada pra fazer), acho que o mínimo que ela deve fazer é saber quem é o diretor, sua temática e coisas do tipo. Se você para pra assistir um filme do Lars Von Trier, com o nome de melancolia vai esperar o quê? Explosões, corridas de carros, tiros? Vão assistir “velozes e furiosos” ao invés de perderem seu tempo criticando o filme!
Esse Jose Silva diz ser um grande critico ? que prepotente, e o cara ainda tem coragem de chamar os atore de quinta categoria , atores bons pra ele devem ser os que atuaram em crepusculo, ele chama o filme de ilogico e louco é porque não entendeu o filme, e não há nada de critico em ver num filme que o cara não colocou o dedo no gatilho da arma ao atirar. O mais importante é que o filme passa aquilo que o diretor quis passar, ele conseguiu o que muito diretor tenta e não consegue. Porque acham que o filme chama ”MELANCOLIA” ? esse era o objetivo do diretor, causar essa sensação depressiva e fazer vc refletir sobre o seu mundo interior.
Quando um filme é bom? Como se faz esse juízo? É um filme que desilude quem quer uma distração passageira. O curioso é o paradoxo da história, pois o modo como é contada é lenta, ao mesmo tempo em que ja se delineia tudo o que irá acontecer, ninguém assiste ao filme enganado. Realmente, o final poderia ser o início, já que a história é curta. O impressionante no Trier é como ele dilata o filme para bem depois do final, quem o assiste independente de quem gostou ou não é fazer pensar. Ele compartlhou sua experiência, não acredito que o interesse dele seja fazer as pessoas gostarem do filme, acho isso muito mediocre… Melancholia se torna uma obra justamente por incomodar! Eu não gostei, mas é um filme excelente!
o filme é uma bosta mesmo, não percam tempo assistindo, procurem algo melhor pra fazer, se vc assistir e gostar é porque é um deprimido, entaum se mate logo e pare de encher o saco.
Para os que gostaram e PRINCIPALMENTE para os que não gostaram: não sou um intelectual e tampouco um intelectualóide. Gosto de filmões de hollywood, em geral.
Mas ADOREI , também, Melancolia. Há tempo para tudo nessa vida, ou deve haver. Não é para ser visto com uma galera, na cervejinha, esperando o jogo começar. Assista sozinho ou no máximo com alguém com uma disposição igual à sua, sem pressa, sem sono, sem pensar na conta que vence amanhã ou a hora de acordar.
Melancolia, talvez, seja o único, presente ou futuro, filme-de-fim-de-mundo-cabeça. É lento, mas é necessário ser assim. Constrói bem os personagens, fazendo-os humanos e não bons-bons ou maus-maus. Nem heróis, nem vilões. Gente.
A trilha sonora ajuda, dramática, vigorosa e suave. Triste.
Filme para se refletir e observar a inutilidade de nossa urgência diária.
SRN que afinal é o que importa.
Malancolia é um filme muito especial, isto porque, durante todo o filme, tentamos perceber o que se passa, sempre com a esperança que seja gente normal…mas não é. Ou é, pois todos nós temos inquietudes, desesperos, medos, etc, etc, que nos deixam sem esperança. Penso que este tem, esperança, não está muito visível no filme. O filme mostar sempre o lado negro das pessoas… Enfim, vi o filme e não me arrependo, mas penso que não acrescentou muito à minha vida, sinceramente. No entanto, somos todos diferentes e percebo que este filme seja um filme de AMOR ou de ÓDIO.
Pra galera que não gostou do filme: vai ver Transformers!
Aquilo lá é ilógico. Melancolia é tão profundo que você precisa estar em sintonia consigo mesmo. Ou, pelo menos, assumir essa (des)ligação e tentar se entender e ao mundo!
Lindíssimo filme, mas entendo quem não gostou. Agora, falar que as atuações foram péssimas é forte, hein!?
Remindo Sauim, os planetas se chocam logo no início.
O cinema é cada vez mais um aporte de estímulos que incidem sobre a natureza dos seres. Assim, dada a diversidade emocional das criaturas, entendo que para muitos a obra é indiferente, medíocre ou qualquer coisa do gênero. Para mim trata-se de um mergulho desgraçado num espiral de sentimentos desconcertantes. Tanto que acordei na madrugada revendo o comportamento de muitos dos personagens que insuportavelmente, me levaram a um estado de… Melancolia profunda (?!). Não entendo isso como entretenimento. Não entendo isso como uma experiência espiritual (sou agnóstico) ou de auto-conhecimento. Sei que o filme precisa de mim para ser o que é e não entendo como seus produtores conseguem estabelecer esses vínculos. A devastação psíquica dos personagens e de as todas as Betty´s do filme (e que me fez reconhecê-las ao meu lado) é algo primoroso , que me permite refletir sobre o fato de que não precisamos de catástrofes para simplesmente destruir o mundo a nossa volta.
Pessoal eu critiquei esse filme num post esses dias na internet, depois vi que a classificação era Cult, realmente filmes cultos não são atrativos, eles só servem para reflexão, outro exemplo de filme desse tipo é o Anti-Cristo de 2009, uma pequena parcela da população gosta desse filme, não concordo em se dizer que a pessoa precisa ter cultura, ela precisa gostar de refletir sobre o tema, eu particularmente detesto esse tipo de filme, não tenho paciência para essas coisas, mas devemos respeitar quem curte. Todo filme cult e igual, se assistir um e detestar, não assista outro porque será a mesma coisa, tem muito filme francês desse tipo.
Meu caro Vinicius Carlos. Para bom entendedor meia palavra basta: Se os minutos finais de algum evento (filme, show, palestra, etc) fossem transportados para o início é lógico, é claro, é evidente que estes passariam a serem minutos iniciais, se fossem para o meio, fariam parte dos minutos intermediários, e assim por diante. Quanto a quem atirou sem o dedo no gatilho, foi aquele diretor que comandou o filme, assim como o que dirigiu o filme Melancolia que o deixou bem prá lá de melancólico. Acho que se você puxar um pouco pelo seu raciocínio e sei que você é bastante inteligente analisando pelo seu texto acima, creio que ficou muito bem explicado, se não quando acordares de seu sono repense.
Um abraço
JS
é isso mesmo José Silva, você deve ser mesmo um “grande crítico” (esse lance ai do gatilho e do dedo é realmente a prova disso!)… agora uma questão filosófica: se os dois minutos finais estivessem no começo eles ainda seriam finais? e vice versa? e se eles estivessem no meio, seriam o que? e se arma disparar sem o fulano estar com o dedo no gatilho, quem fez isso então? Deus? Lars Von Trier? isso tudo me deixou muito confuso, vou dormir…
Me desculpem o pessoal que gostou deste medíocre filme. E ainda está entre os top 10 nos EEUU. Entendo de filmes, sou um grande crítico, noto até quando o fulano atira sem colocar o dedo no gatilho. Querem assistir o filme? Então assistam só os dois minutos finais. Estes dois minutos deveriam estar no começo do filme e finalizado. Sim, um filme somente com “dois” minutos finais. Não percam tempo. Medíocre, louco, ilógico, atores de quinta categoria, história hipócrita e outros adjetivos idênticos. O filme como diz o nome…é uma melancolia mesmo… É Luiz, da próxima vez assista on line e economize os ricos 11 euros, e Filipa Santos… não é preciso de literatura alguma para entender o que não há o que entender desta “bomba” que filmaram. Já viram algum filme bom na premiação de oscar?!?!? É pura promoção e comércio.
um abraço
JS
Meus ricos 11 euros
Este filme não é para todas as pessoas, para o percebe é preciso de literatura e uma certa cultura e de ter a mente bem aberta. Para quem gosta de filme assim aconselho a ver o filme a “Árvore da Vida” e os outros filme do diretor.
Para fazer este filme deprê e muito ruim não precisava apelar para a ficção científica. Na primeira parte não dá para entender nada, na segunda menos ainda. Pena que os planetas não se chocam logo no início.
Acho muito atual, a sociedade está cada vez mais depressiva mesmo havendo tanta opções de trabalho, alimentos no supermercado, as pessoas estão melancólicas e depressivas e isto é para quem tem dinheiro ou não; o pobre se tiver dinheiro continua na depressão e no comportamento de inferiorizar se. Aí começa a histeria desde antes de Cristo, e pior ainda com os profetas que vieram depois deCristo, de que o mundo vai acabar, em 1900, 1940, 2000, 2001 agora 2012, e por aí vai. Aí todo mundo cria isto porque viver é angustiante para a maioria de nós, como no interior do país se criam lendas de lobisomem, mula sem cabeça, chupa cabra, porque precisa disto para ter uma emoção na vida. A cena do banho na luz do planeta lembra uma outra lenda como a do boto que engravida a mulher. A televisão tem a novela que vc ve que rico tbem se mata, se acaba, dinheiro é perigoso, e reforça ainda mais a depressão. Ótima reflexãoque o filme traz,da loucura que vivemos da melancolia e da necessidade do apocalipse para ver se muda alguma coisa. A angustia de se viver com o apocalipse e a mesma de se viver sem ele, só que com um alívio da idéia que o sofrimento vai acabar.
Não é diversão inconsequente e gratuita. É pesado, tem de estar disposto a assistir. Para mim valeu a pena.
Filme bom para quem tem depressao e quer se matar! Lixo de filme….nem percam tempo em baixar
Perdi 2 horas da minha vida!!
Nunca será demasiado reafirmar que o diretor dinamarquês Lars Von Trier, com tanta sensibilidade para a escolha do tema do filme, revela-se um dos maiores dos grandes diretores do cinema atual. A capacidade de representar o século de incertezas e de confusão resultantes das verdades acumuladas em dois milênios, e apontar os desvarios da consciência frente a frente com a identidade e a indiferença da contemporaneidade e seus diversos modos de aparição.