[dropcap]P[/dropcap]ode ser duro à primeira vista, mas, mesmo sempre primando por uma unidade narrativa, a série Planeta dos Macacos perdeu o rumo no momento exato em que Charlton Heston dá de cara com a Estátua da Liberdade no final do primeiro filme e Hollywood não foi capaz de deixar aberta e cheia de perguntas a história desse astronauta que cai em um planeta dominado por símios. Por isso, não é exagero enxergar Planeta dos Macacos ¿ A Origem como a salvação de uma franquia que errou muito mais do que acertou (levando em consideração os quatro filmes originais, os desenhos, gibis e até a confusa refilmagem que Tim Burton realizou em 2001).
Mas isso tudo, ainda assim, não coloca esse ¿prequel¿, dirigido pelo inglês desconhecido Rupert Wyatt, como algo genial, apenas na medida do que se propunha e a altura de honrar esse épico da ficção científica que marcou tanto o cinema. E para isso, A Origem pega o caminho mais simples e alcança o melhor dos resultados que poderia.
Escrito por Rick Jaffa e Amanda Silver (que trabalharam juntos no divertido terror B A Relíquia) Planeta dos Macacos ¿ A Origem faz sua lição de casa com compromisso, finge ser um filme de ação, emociona, conta uma história condizente com a franquia, não se esquece de ter sentido e não irá decepcionar ninguém que entrar no cinema.
Nele, James Franco vive um cientista à procura de uma cura para o Mal de Alzheimer que acaba descobrindo uma espécie de vacina que ajuda na recuperação da doença, mas vê tudo fracassar quando sua cobaia, a macaca apelidada ¿Olhos Azuis¿, põe a pesquisa a perder em um ataque de fúria que faz com que a Empresa feche todo projeto. Will (Franco) então, na tentativa de salvar o filho da macaca, acaba levando-o para casa e logo descobre que, talvez, sua pesquisa ainda não tenha terminado.
É ai que entra em cena o macaco Cesar, que se descobre super-desenvolvido graças à vacina da mãe e dá a Will a oportunidade de então arrumar uma cura para seu pai (John Lithgow). É um trabalho extremamente coerente e preciso da dupla de roteiristas que permite que Planeta dos Macacos ¿ A Origem saia disso e chegue nessa revolução onde Cesar comanda um batalhão de macacos em direção a suas liberdades e os direitos de serem reconhecidos como mais que cobaias e bichos de estimação.
É lógico que Planeta dos Macacos ¿ A Origem tem todo esse lado politicamente correto, lutando contra os abusos que essas pobres criaturas sofrem, mas é com muita sutileza que nada disso parece ganhar uma bandeira a ser erguida, mas apenas um caminho a ser seguido.
Tremendamente bem estruturado, seu roteiro constrói esse conflito onde os macacos são os verdadeiros heróis e faz ser impossível não torcer para esse monte de símios.
Bem verdade Planeta dos Macacos ¿ A Origem aposta em ser a história épica desse macaco, que talvez não se encaixe na equação em um primeiro momento, mas aos poucos (talvez tarde demais para os humanos) vai descobrindo que, mesmo diferente de todos à sua volta não precisa ser, necessariamente, uma ameaça. O resultado de tudo pode até não ser tão inesquecível, mas é feito com tanto cuidado (o roteiro) que constrói essa trama ao redor não de um punhado de macacos atrás de vingança, mas simplesmente à procura de um modo de se desvencilhar daquele mundo no qual não pertencem.
Planeta dos Macacos ¿ A Origem é então impecável em ir busca de uma origem que faça sentido e não só um bando de macacos falantes contra uma sociedade que os maltrata. A partir disso, A Origem joga com esse paradoxo (comum, mas que se bem usado, sempre funciona) da humanidade se destruindo graças aos seus erros e sua vontade de evoluir a qualquer custo, que cria esse conflito ético entre a ciência e a natureza, onde sempre o segundo mostra que o melhor é não interferir.
Mas a grande estrela do filme, e que aproveita todas essas possibilidades de criar um personagem dinâmico e profundo, é justamente o macaco Cesar, vivido através da Captura de Movimentos (semelhante à técnica usada em Avatar) pelo mesmo Andy Serkis que já esteve na pele de um outro símio na refilmagem de King Kong e deu vida ao Gollum na trilogia Senhor dos Anéis. É lógico que isso resulta também de um esforço absolutamente estonteante dos efeitos especiais do filme, que esfregam na cara do espectador cada centavo gasto com esses macacos digitais (literalmente, já que todos são tratados pelo diretor como estrelas em closes e sequências de cair o queixo), mas é Serkis quem faz com que o cinema inteiro acredite no que aquele macaco está sentido. Sem exagero algum.
Enquanto a câmera de Wyatt procura sempre um movimento mais original, uma sequência mais longa, uma composição mais plástica e uma vontade interessantíssima de ser diferente dentro do comum, o que dá ao filme um visual realmente estonteante e vai conquistar seu público pelos olhos, Serkis aproveita esse espaço para criar toda essa personalidade, com pouco material em mãos (já que tem diálogos), mas sem desperdiçar um olhar sequer. O Cesar de Serkis é criado à base de pixels, mas é impossível não sentir exatamente o que ele pretende exprimir em cada gesto físico do personagem.
Por outro lado, mesmo com o macaco Cesar tomando o filme para si, a escolha do elenco ¿humano¿ de Planeta dos Macacos ¿ A Origem acaba sendo um tiro certeiro, principalmente com a presença de Franco e Lithgow. O primeiro, ainda que com pouco esforço, encontra o equilíbrio necessário para não atrapalhar a trama, já que tem a total consciência que o filme ¿não é dele¿ enquanto o veterano Lithgow, parecendo mais ainda no auge de sua forma (prova disso é sua participação sensacional no seriado Dexter) e encarna com precisão esse personagem que tem pouco espaço, mas acaba marcante graças à sensibilidade com que ele o trata.
Para o deleito dos fãs, Planeta dos Macacos ¿ A Origem, em resultado mais que seguro do diretor, acaba então não se perdendo em referências sem sentido, e nem sequer parece preocupado em ser um ¿início¿ pragmático, ainda que dê a estátua da liberdade de brinquedo para Cesar (que por sua vez ganha o nome de outro personagem famosa da franquia) brincar, lance (e até perca no espaço) a tripulação de uma nave que vai em direção à Marte e repita até a famosa ¿tire essas patas sujas de mim¿ dita por Charlton Heston no primeiro (que nesse filme faz uma micro-aparição/homenagem em uma TV), mas sim pelo contrário, tentando fazer o ¿seu¿ Planeta dos Macacos, um filme que, assim como o de 1968 parecia ser um filme de ação, e até era (e é) um filme de ação, simples, mas com uma vontade enorme de contar uma história muito maior que qualquer ritmo que precisasse ter para entreter seu espectador.
Rise of The Planet of the Apes (EUA, 2011), escrito por Rick Jaffa e Amanda Silver, dirigido por Rupert Wyatt com James Franco, Freida Pinto, John Lithgow, Brian Cox, Tom Felton e Andy Serkis
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A ORIGEM COMBINA UMA NARRATIVA FANTASTICA COM O PROXIMO SALTO DA TECNOLOGIA DOS EFEITOS VISUAIS., PBTENDO COMO RESULTADO UM FILME CON TEXTURA DE AÇÃO, E EMOÇÃO INEDITA , A EQUIPA QUE VENCEU O OSCAR COM AVATAR CRIOU COM ANIMAÇAÕ COMPUTADORIZADA UM SIMIO, CAPAZ DE UMA INTERPRETAÇÃO DRAMATICADELINEADA POR CARGAS DE EMOÇAO E INTELIGENCIA INDEDITAS.
Ainda assim, mesmo tendo em vista a época, acho que essas referências foram usadas de modo preguiçoso…
Legal, legal, embora discorde de ti, achei interessante a sua visão sobre esse fato e realmente, os filmes que sucederam o primeiro foram horríveis, mas creio que toda aquela critica armamentista, guerra fria e tal eram pertinentes à época, digo: O mundo estava passando por aquilo – o que hoje não acontece – … E tomara mesmo que esse novo filme traga uma nova saga e que o próximo seja bem diferente do primeiro…
então Marcs Fabiano, o meu problema com o final clássico não é com final em si, mas com o que se deu depois dele, com a necessidade que todos outros filmes tiveram de contar aquela história de modo linear demais… para mim, me bastaria saber que o protagonista do primeiro estava na própria Terra e ponto final, todo resto, toda crítica armamentista, toda lodo pseudo-comunista e mais um monte de outras referencias que vieram a partir do segundo filme, só serviram para enfraquecer o choque que o espectador toma ao ver aquela estátua… o que eu acho, é que agora, talvez, a partir desse novo filme se possa tomar um caminho mais interessante enquanto deixa em paz o filme original…
Olá, em contraponto aos elogios pomposos, tanto à crítica, quanto ao objeto desta( o filme), digo: O filme deixa a desejar! Nada trouxe de novidade à história, com 15 minutos assistindo já dá pra se decifrar o que irá acontecer ( confesso que perto do fim, vários bocejos soníferos me vieram à boca) e só persisti porque imaginava um final que viesse mudar o que a minha mente já imaginava. Não aconteceu – Os símios fugindo pra floresta com Cesar como líder e aquele humano, que é piloto, e está infectado com algum vírus que irá dizimar a raça humana e, por consequencia, espalhará o vírus são clichês demais – Sinceramente, embora muita gente odeie, prefiro a versão de Burton, pois, pra mim, filme – dentro desse estilo – bom é o que deixa você confuso mesmo, pensando nos porquês disso ou aquilo e, isso, o filme de Burton faz maravilhosamente, haja vista a colega alí em cima que, como eu, até hoje não compreendeu aquele final – pena que nunca saberemos – Enfim, pra uma história cheia de viagens no tempo, indagações e reflexões sobre a nossa existencialidade o filme foi demasiadamente morno nesses quesitos…A ensejo: não entendi o autor da crítica sobre a cena final do primeiro clássico, acho aquela cena uma das coisas mais espetaculares do cinema, pois, numa cena só, muda-se todo o pensamento do filme. Gostaria, se possível, por parte do autor, uma explicação mais detalhada para que eu possa compreendê-lo.
Triste saber que os chimpanzés vão ser extintos daqui á alguns anos! 🙁
As vezes eu não entendo porque algumas pessoas tem uma certa implicância pela natureza e os animais. :-/
filme muito bom da california films,duração 92 minutos,classificação: 16 anos, legendas em portugues,delegadas por cargas de emoção e inteligencias inéditas. recomendo o filme…..
Esse filme é muito interessante.E passa uma mensagem para nós que os chimpanzés também pensam,tem sentimentos.Mesmo que não sejam especiais e inteligentes como o Cézar,mas eles também raciocinam!
Eu gostei desse filme…Também chorei em algumas partes como por exemplo:Quando batiam nos macacos!! Esse filme é muito interessante!!
Eu gostei muito do filme,achei que James deu um show de interpretação,gosto muito dele como ator e o cesar também. O James Franco é fabuloso gosto de todos os filmes dele.
Sou Christian e moro na Bahia
Eu chorei muito no final.Chorei demais!
Eu fiquei com pena do César,mas muita pena mesmo.
para mim o filme foi genial, sem os exageros que a maioria dos filmes atuais demonstra.História simples
recheada de ação e ficção no melhor estilo Planeta dos macacos, fiquem com DEUS.
ameiiiii o filme
muito emosionante♥♥
Esse filme merece um Oscar , muito legal …
Agora só falta inventa o Planeta dos macacos 2 – A Extinção dos Humanos
Boa crítica. Penso, no entanto, que não deveria detalhar muita coisa aqui pra quem não assistiu ao clássico de 68, porque há coisas contadas aqui daquele filme. (Se bem que, atualmente, qualquer final de filme se encontra na web sem sequer colocar o dvd pra rodar). De toda forma, é um bom filme.
Ps: ainda prefiro e nunca me esqueço do filme com Charlton Heston. Genial.
adorei sua critica ,até hoje fico confusa ao assistir aquele filme que qd ele volta o planeta ta invadido pelos macacos , não entendi nada e ai o filme acaba.
muito boa a crítica! o filme foi sensacional! espero que explorem mais essa história e que o mesmo diretor desse filme dê continuidade! o que é raro… uma história como essa tem que ter começo meio e fim!
poxa Filme muitoOooO.. Bommm me Surpreendeu!!!
Muito inteligente esse filme, porém não é clássico. King Kong é o clássico filme nos Estados Unidos.
O filme é ótimo. Só tem uma coisa que ficou meio sem lógica no filme. Na parte em que o César está conversando em linguagem de sinais com o orangotango de circo, o orangotando advertiu ele dizendo “os humanos nao gostam de macacos inteligentes (+ – isso)”, mais tarde talvez ele o chamasse pra tomar uma cerveja também. Uma coisa é um macaco de circo que se comunica atraves de açoes e comandos repetitivos aprendidos com um treinador outra coisa é esse macaco ter um diálogo racional com um macaco que ficou inteligente através de mudaças geneticas.
Tirando isso, o filme ficou ótimo
Até +
muito bom esse fiolme
Planeta.Dos.Macacos.A.Origem D+++++++++++
O Diretor Rupert Wyatt, fez um trabalho genial, o filme é bem diferente da saga original se passa nos tempos modernos, os efeitos especias são FANTASTICOS! e com certesa vão ganhar o “Oscar” não só pelos citado mais pela historia, fotografia, roteiro, maquiagem,efeitos sonoros, musicas e o melhor de tudo… a inivação na historia mostrando a origem dos primatas evoluidos que ameaça a predominancia humana… cara a continuação desse filme vai dar o quê falar…parabéns e parabens também ao o homem que deu movimento ao macaco Caesar “Andy Serkis”…
otimo filme D+
o filme foi incrivelmente bom. james franco e tom felton fizeram uma excelente atuaçao.eu gostei muito do cezar,o macaco.as açoes finais foram incriveis,de tirar o folego. parabens.esse filme merece ser aplaudido de pé.
muito boa critica o filme e exelente
INTELIGENTE, SENSÍVEL, FRENÉTICO E REFLEXIVO…UM DOS MELHORES FILMES DO ANO E SEM DÚVIDA O MELHOR FILME DA FRANQUIA…QUEM ASSISTIU COM CERTEZA NÃO DESGRUDOU OS OLHOS DA “TELONA” POIS O FILME É COERENTE, CHEIO DE SEQUENCIAS ELETRIZANTES E JUSTIFICA O SEU TÍTULO DE ” A ORIGEM” POIS CONTA COM MUITA PROPRIEDADE COMO OS SÍMIOS COMEÇARAM O SEU PROCESSO DE EVOLUÇÃO E DE COMO A RAÇA HUMANA SERIA EXTINTA PARA QUE O NOSSO PLANETA NO FUTURO FOSSE REALMENTE SER “O PLANETA DOS MACACOS”.
até bom engraçado ,divertido mas não um filme de 5 estrelas fui bjos
ADOREI O FILME FODA-SE QUEM NAO GOSTOU FUIII. KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK.
Filme perfeito, excelente.
eu juro que fui ao cinema sem muitas expectativas ( graças à bisonha regravação de Burton, em 2001). mas me enganei! e como eu adoro me enganar assim.
Filme excelente em total: fotografia, enredo e efeitos especiais.
narrativa bem sólida.
a comunicação entre os macacos foi mais que excelente: expõe as primeiras formas de comunicação humana.
Assisti no cinema, e assistiria de novo, se tivesse dinheiro.
Recomendo muitissimo; acho que o melhor filme de 2011 que eu fui assistir em cinemas.
É incrível como a radiação foi substituída por engenharia genética em praticamente toda obra de ficção. Seja homem aranha, seja planeta dos macacos. Se não me engano em algum dos filmes existia uma explicação para os símios falarem: a convivência com os humanos como animais de estimação. Não entendi também como os seres humanos deixarão de falar(apesar de terem falado no filme de 2001), mas a história é interessante, especialmente o drama da doença cuja pesquisa é a nova origem de tudo.
achei ofilme super idiota e ainda mais quem assisti
Uma duvida… seria a viagem a Marte uma deixa para a sequencia???
“olhos azuis” nao, OLHOS BRILHANTES !!!
Vinicius, parabéns pela critica. Acredito que a questão de vingança que foi mencionada não deve ser levada em consideração ao se tratar de aprendermos com os animais, quem disse que eles não são vingativos?. Infelismente entender o filme não é para todos.
Um dos melhores filmes da minha vida! Já quero e espero que tenha o 2 logo.
muito bom o filme na hora que que o koba mata o cara do laboratorio ouvi um grito tipo this is spartaaa! por dentro huashuashua
A Vingança de Cesar ao dar as costas ao “vilão” da história na cena do helicóptero deixa bem claro que o script do filme foi elaborado por homens, e não por macacos. A interpretação humana de que a vingança possa estar presente nestes seres nada mais é do que um reflexo do que nós, humanos, temos em nossos corações. É uma pena que o filme não tenha explorado o que podemos aprender com eles, os “animais…” Outrossim, o planeta das cenas que vivenciei definitivamente não é o “dos macacos,” e sim dos homens.
eu assisti ele no cinema eu amei esse filme gosto muito de ficção cientifica amei mesmo bem legal tambem ri muito.filme bom é esse
desculpem alguns erros de digitação. Por favor, relevem
chinitial há que se considerar a falha do filme de tim burton no que se refere a sala de comando onde thade é aprisionado. Ela só pode ser aberta ou fechada com a leitura do DNA de um dos tripulantes da nace. E o único vivo é o astronauta Leo. Ora se ele foi pra a fenda espacial, como o general poderia ter saído do cubículo? Como que o general teria pego a microespaçonave pilotada por Péricles, se o Leo viajou com ela? E mais, supondo que haja resposta para isso, há dois problemas insuperáveis: os dois únicos seres que tinham habilidades de pilotagem eram Péricles e Leo, o general mal sabia como utilizar uma pistola que dirá um equipamento sofisticado. O filme deixa claro que o processo cognitivo dos macacos tem certa limitação. Outro prolema consiste na velha máxima “uma andorinha só não faz verão”. Considerando que a nave é unicameral (isto é, só tem espaço para um tripulante), como que o general poderia voltar na história e liderar uma revolução, se ele é o único símio “inteligente” de sua espécie, se no filme não há referências de substãncia parecida com o 112 ou 113 e, naturalmente a sua carga genética só poderia ter algum efeito depois de várias gerações. Pode haver até fidelidade entre obra literária e a versão de TIM BURTON, mas isso não significa que a obra original não tenha falhas. Acho que o papel das novas versões deve ser este, o de corrigir furos e passar uma melhor argumentação para este futuro paralelo e, neste diapasão, creio que, o primeiro filme da trilogia foi bem convincente. Pessoalmente, fiquei boquiaberto!!
Amei o filme e como era criança na época do primeiro adorei tbém. Só. No mais…os comentários….que briga de egos sem sentido…….mto xiita.
muito legal
Boa crítica.
Também escrevi uma no meu humilde bloguinho. Aqui:
http://cinelogin.wordpress.com/2011/08/29/planeta-dos-macacos-a-origem-critica/
algumas analogias interessantes demais do nosso amigo chinitial, parabéns… a similaridade com Moisés me escapou totalmente, mas concordo plenamente com isso agora, tudo estava lá, eu que não percebi, vivendo e aprendendo…. volte sempre
Há quase ½ século do original, o 7º filme ainda provoca, mesmo com tempo demais nas cenas nos laboratórios e sem antagonistas realmente malvados como nos filmes anteriores. Três personagens desperdiçados e um perdedor que cuida gaiolas e tortura símios. A veterinária faz menos do que fazia a mulher muda no filme original. Disse isso para o roteirista Rick Jaffa pelo email (e ele me respondeu o qual indica que é um cara educado). Desde 1968 matutávamos -no 1º e 2º filmes- se radiação provocaria mutações de inteligência em símios falantes, homens de pele queimada e com poderes mentais desenvolvidos e o tiro pela culatra da INVOLUÇÃO em humanos mudos. A música deste filme é espetacular, a do filme original de 1968 ainda soa inovadora.
Burton sabia que os humanos do seu filme em 2001 deviam ser mudos, mas cedeu às ordens dos seus produtores, pus sobrancelhas nos macacos fêmeas (parecidas a M. Jackson). No livro o astronauta é quem aprende linguagem dos macacos. Neste –como no de Burton- a explicação é engenharia genética. A faringe e a laringe dos chimpanzés não são apropriadas à linguagem humana. O gene FOXP2 (que produz diferenças em pelo menos 2 aminoácidos) pode ter sido a causa das leves diferenças na mandíbula inferior, a língua e o céu da boca. A cena das alterações na garganta foram tiradas do filme para não estragar a surpresa. Os cientistas usam proteína dos genes de água-viva para fazer que macacos e outros animais BRILHEM COM VERDE FLÚOR ESSÊNCIA iluminados com raios ultravioleta; e os chimpanzés são estudados para achar a cura do Alzheimer que eles não desenvolvem. Imaginem símios inteligentes que na vida real são 5 vezes mais fortes que a gente e homens que -pelo Alzheimer ou um vírus- percam a identidade coletivamente como se sugere como surpresa ao final dos créditos do filme.
No 3º filme duvidamos da volta no tempo dos chimpanzés com a nave que nem os astronautas humanos puderam concertar e seus conhecimentos de eventos passados ignorados antes. O filme atual antecede ao 1º e se inspira no 4º quando o filho dos símios lidera a rebelião dos macacos. Naquele escolhe seu nome Cesar (que em latim é “peludo”). O 5º fecha o circulo. Infelizmente o 6º de Burton teve péssimo roteiro: Leo fala para os humanos fugirem porque não há chance de ganhar e 10 minutos depois os convence para lutar; depois de uma única batalha milênios de inimizade são resolvidos imediatamente. Ridículo! Ninguém ficou sabendo que a nave Oberon caiu no planeta Ashlar com os macacos da Terra. Poucos perceberam que o planeta tinha várias luas (não foi bem filmado). O macaco Thade recupera o Alpha Pod de Leo Davidson (trocadilho de Filho de Davi, Leão de Judá) e voltando no tempo talvez antes da época de Abraham Lincoln, altera os eventos na Terra. Burton usou o começo e o fim do romance francês e elementos de todos os filmes anteriores ao invés de um “remake” de apenas o 1º. Usou o mesmo movimento de câmara TRÁS DO MONUMENTO e escondendo-o ate ultimo minuto como no 1º.
Agora o chimpanzé CESAR brinca com quebra-cabeça da Estatua da Liberdade. Na cena final do filme Os 10 Mandamentos, Heston ergue o braço exatamente como dita Estatua e fala de “proclamar LIBERDADE” e na cena final do Planeta dos Macacos se ajoelha diante dela. Heston foi premiado pelo presidente Bush com a medalha da LIBERDADE e na sua vida pessoal também tinha apoiado ao presidente Reagan (quem foi ator que fez um filme com o chimpanzé Bonzo). De Mille escolheu Heston para fazer de Moises pela semelhança com a estatua de Moises de Michelangelo (com chifres de luz como indica a Bíblia hebraica) e Heston fez de Michelangelo no filme “Agonia e Êxtase” … e quantos perceberam que nesta nova Macacada o televisor MOSTRA UMA CENA DESSE MESMÍSSIMO FILME? Nesse filme o ator REX (“rei” em latim) Harrison fez do Papa e em “Cleópatra” -conexão egípcio-romana- era também CESAR romano enquanto o ator que fez do macaco Cornelius e CESAR (Roddy McDowall) era CESAR Augusto! Se Cesar compartilha SEU SANGUE com outros símios, lembra a Santa Ceia (Páscoa dos 10 Mandamentos) e outro filme com Heston (No Mundo de 2020) onde as pessoas mortas são convertidas em bolachas VERDES de soja para alimentar à humanidade super-povoada. CANIBALISMO como redenção. O fator do vírus com SANGUE é revelado após os créditos no novo filme. Nesse velho filme também atua Edward G. Robinson junto com Heston. Seu nome é “SOL” (que é como chamamos o dia em MARTE e resulta que agora a nave de Taylor se perde indo a Marte!). Robinson foi contratado para ser o orangotango do filme original (e foi inimigo de Heston/Moises como Datan no “Os 10 Mandamentos”), mas ele cascou fora. Ele foi conhecido no cinema como gangster no “Pequeno CESAR”. Vale lembrar que o ator Charlton Heston atuou em 2 filmes do imperador CESAR.
Este novo filme é bíblico já que o bebê macaco (com complexo do Rei Édipo) é poupado da chacina numa caixa como o profeta Moises num cesto quando bebê; criado em privilegio (como Moisés na corte egípcia); ataca alguém para defender o pai do seu amo (Moises matou um egípcio para defender um judeu) e depois volta para libertar “seu povo”. Cruza as águas numa ponte com o MESMO NOME da porta oriental do templo de Jerusalém: GOLDEN GATE (que neste exato momento Obama quer entregar aos muçulmanos criando a Revolução no mundo fora das telas). Os capacetes dos militares gorilas desde Ursus no 2º filme até o chimpanzé Thade do 6º são idênticos aos usados pelo faraó Ramsés II (Yul Brynner) em “Os 10 Mandamentos”. Taylor acorrentado como astronauta igual que Moises, ele mesmo sendo o Velho Legislador e enfrentando seu destino ora no monte Nebo ora na Zona Proibida. O spray verde liberta aos macacos da “escravidão”. Na cena da Páscoa do épico Os 10 Mandamentos a NEBLINA VERDE é o que liberta aos judeus da escravidão egípcia.
Sempre gostei das maquiagens (não eram mascaras). Neste depende-se das habilidades de um ator para realidade virtual. No filme de Burton, o ator que fez de astronauta Taylor (Charlton Heston quem foi Moises em “Os 10 Mandamentos”) foi contratado para fazer de macaco velho (12 horas de maquiagem) parafraseando a mesma maldição à raça humana que ele disse no final do 1º filme. Seu nome é Dr. Zaius igual que o orangotango do filme original e por alguma razão seu nome não aparece nos créditos mesmo que nos extras do DVD Burton fala do entusiasmo de trabalhar com ele. E Heston foi a VOZ de LINCOLN num documentário “The Great Battles of the Civil War” alem do presidente Andrew Jackson em 1953. O monumento de Lincoln é a copia do templo de ZEUS (Zaius), o deus do raio. Heston, na vida privada, frente dessa estatua apoiou a defesa dos direitos dos negros –com Marlon Brando- e dois atores negros, Harry Belafonte e Sidney Poitier. Tanta “coincidência”, hein?
O que funcionou no 1º filme foram os diálogos e observar aos astronautas num deserto por ½ hora, com relâmpagos e sem chuva, iluminação estranha no céu e o papo de viagem ao futuro perto de ÓRION. Isso enganou aos protagonistas e às platéias. Pedi para o roteirista que no próximo o astronauta Taylor -mencionado no filme atual num contexto de Perdidos no Espaço- fique bastante tempo no solo vermelho de Marte ou na Terra desolada no futuro.
Contudo o diretor R. Wyatt optará por fazer refilmagem de “De Volta ao P. dos Macacos” com humanos que moram embaixo da Terra e usando mascaras anti-gás para poder observar o sol, o qual os desumanizará… ou a versão símia de “Nascido para Matar”. Nesta “Origem” Cesar vira general Custer e no seguinte haverá um confronto Shakespeariano entre as gerações após o chimpanzé de rosto malvado (Koba) e Cesar. Eu apenas disse para o roteirista Jaffa que os vírus não funcionam assim. Falei que se homenageia aos atores originais, personagens e suas falas e esqueceram do autor francês Boulle. Que algum orangotango da elite poderia falar em francês a famosa frase “Deus amaldiçoe todos vocês no inferno” (Dieu vous maudisse tous en enfer), mas quem sou eu para ser ouvido, hein? Nem sei se ele será o roteirista do próximo filme!
o telespectador cria pelo o macaco Cesar um sentimento de anti-herói superando qualquer herói em quadrinhos (lanterna verde, capit…).
muito obrigado pelo elogio… espero que você volte sempre… não estava comparando com o primeiro, nem com o livro (que eu não li, por isso não poderia fazer isso), só acho mesmo que o Tim Burton acabou tentando fazer coisa demais sem manter um fio melhor… além de se deixar levar por alguns clichês ruins demais e, verdadeiramente, não ter a mínima ideia do que queria passar com aquele final…
amigo muito bom seu comentario
agora so corrigindo
a refimagem de tim burton nao foi confusa
ela foi a que foi mais fiel ao livro
por isso teve algumas diferencas
se comparado ao primeiro
que virou classico
Excelente crítica, conseguiu sintetizar sem exageros e sem diminuir tudo o q senti durante o filme. Roteiro muito bem escrito e desenvolvido, com cenas, atuações e fotografia incríveis!
Confesso que estava com um leve preconceito com “Planeta dos Macacos – A Origem” e cheguei a pensar que fosse somente mais um caça níquel sem vergonha, mas fiquei muito feliz e satisfeita em ter me enganado. Discordo com o Juan Rossi acima, vi o filme como um belíssimo aprendizado e até me emocionei em algumas cenas, perfeito p assistir com a família, um filme bastante acima da média dos que tenho encontrado nos cinemas (desculpem-me os fãs, mas disparadamente melhor que Capitão América)!
Ainda não parei muito para pensar, só sei que, apesar de alguns sustos durante a exibição, eu -e muito provavelmente minha esposa e filho- podemos tranquilamente discordar da crítica acima, embora seja ruim desdenhar de detalhes do porte do ator principal em cena, no desenrolar por vezes convincente da trama e efeitos interessantes; ainda, desde o início, como em Avatar, tem-se a impressão de falsidade. Conforme já esquadrinhado numa crítica, o que peca redondamente aqui é o sem-número de situações esperadas, as quais configuram verdadeiros pastiches e falta de coragem em se enveredar por novidades, faltantes ao extremo neste filme de produção expressiva. Pena!
Ótima crítica cara, parabéns.
Concordo com você, o Serkis arrebentou nesse filme.