Até a Morte | Crítica do Filme | CinemAqui

Até a Morte | Sangue, gelo e algemas

O sangue e o gore de um filme como Até a Morte, principalmente estrelando Megan Fox, pode sugerir se tratar de algo parecido com seu outro trabalho, Garota Infernal, que envolve muito sangue em que ela faz uma vampira sedenta e que desperta o lado lésbico de Amanda Seyfried. Um horror divertidíssimo de ruim.

Já este é um thriller na cabana, ou no caso, na casa no lago. Em pleno inverno, o que é certeza de gelo quebrando no final. Ou seja, você entendeu que não vão haver surpresas, exceto as planejadas no percurso da heroína que tenta se salvar a todo custo do seu trágico destino.

Fox é Emma, ou ambas são a mesma persona. Como seu marido no filme comenta, ela tem ficado cada vez mais bonita enquanto envelhece. Emma é uma esposa no fim de um casamento em crise. Seu amante é funcionário de seu marido. E o esposo é o responsável por tudo. Por trás de negócios escusos, o cara vai de misógino a sinistro em um piscar de olhos.

Ao longo da introdução algumas pistas do que vai acontecer durante o filme são plantadas, mas a descoberta do que elas significam não é o que entretém, pois sutis demais viram motivos para a história fazer sentido. O que mais diverte é a brincadeira de esconde-esconde que Fox participa ao se desvencilhar de dois capangas enquanto tenta se livrar de seu marido. Ambos se encontram na configuração mais incômoda e macabra que um casamento pode ter. Dica sem spoiler: envolve algemas, mas não da maneira como você está imaginando.

Até a Morte | Sangue, gelo e algemas

Divertidinho sem deixar de lado a suposta seriedade de sua trama, Até a Morte brilha pelo seu design de produção. Ainda que estejamos presos por boa parte do filme em uma casa sem personalidade que lembra cenários de vídeo-game, cada cômodo sendo uma fase, tudo é feito com muito esmero. Os adornos são o ponto alto. Um exemplo icônico: o aniversário de casamento é um colar que lembra uma coleira.

Não se pode ousar falar da atuação do elenco principal, pois assim como a casa é cenário de vídeo-game suas falas e personalidades seguem o mesmo tom. Monossilábicos e óbvios, os momentos em que os personagens precisam interagir verbalmente são os momentos que você mais irá devanear na sala de cinema tentando se lembrar se deixou a luz da sala acesa. De fato, não há nenhuma fala que seja muito boa ou muito ruim, o que acaba sendo pior. Ao menos a icônica donzela das primeiras edições de Transformers já participou de momentos mais vergonhosos nos trabalhos de Michael Bay, o que ao menos gera alguma reação. Repulsa, que é melhor que nada.

Megan Fox nunca lembra uma protagonista em seu próprio filme. O diretor S.K. Dale espertamente corta as cenas onde ela possui falas antes que o espectador espere por alguma atuação. Seu rosto bonito não atinge sequer a introspecção que uma atriz adolescente em filme de cabana conseguiria. No entanto, a vantagem de vermos um rosto conhecido em um terror na cabana com adultos é o detalhe de observarmos em como a atriz tem envelhecido bem. Não podemos discordar de seu marido.


“Till Death” (EUA, 2021); escrito por Jason Carvey; dirigido por S.K. Dale; com Megan Fox, Eoin Macken e Callan Mulvey.


Trailer do Filme – Até a Morte

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