Cambaúba | Um experimento digno

Cris Ventura é uma documentarista que adentra em uma aventura histórica sobre a origem de uma rua que mudou de nome e que mantém energias e manifestações tanto de sua origem indígena quanto a assombração do bandeirante Anhanguera, fundador da cidade.

A forma com que a diretora Cris Ventura vai construindo a narrativa no seu início é divertidíssima. Utilizar seu nome como uma personagem cria sensações documentais em uma ficção. Há um ensinamento ímpar de mistura de gêneros inusitada que confere um frescor narrativo muito bem-vindo a trabalhos que costumam ser chatos de assistir. Como espectadores nós entramos na brincadeira da ficção mal construída e e amadora apara aprender obviedades documentais sobre história e ecologia em diálogos artificiais.

O terceiro ato gira em torno da construção do sobrenatural, que assusta mesmo e que é uma continuação que faz sentido com a proposta de ficção por ser fantasioso.

Acompanhamos o embate de outro plano entre o espírito do terrível Anhanguera e a maldição dos indígenas que foram açoitados de lá. Essas sequências são potentes mesmo em uma produção modesta por causa do poder da montagem de Cambaúba. É um experimento digno de mostra.


“Cambaúba” (Goias/br, 2022); dirigido por Cris Ventura


Acompanhe os outros filmes da 26° Mostra de Cinema de Tiradentes

Continue navegando no CinemAqui:

DEIXE UM COMENTÁRIO

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Menu