A maior impressão e como se todos vissem as inúmeras piadas e situações embaraçosas que esses quatro casais poderiam passar mas que no fim das contas não acontecem, ainda adotando uma linha quase “infantilizada” com um humor muito menos ácido do que o filme merecia. É lógico que entre ereções indevidas, um desafio patético de “Guitar Hero”, iogas pouco ortodoxas e reclamações atrás de reclamações, “espertinhas”, do personagem vivido, chatissimamente, por Vince Vaugh, o espectador pode até soltar uma ou outra gargalhada, mas com certeza absolutamente nada que chegue nem perto de salvar o todo. Principalmente com o embolado diretor Peter Bilingsley que não parece alcançar um equilíbrio entre as várias faces do filme.
Se logo de cara fica claro que ele se importa pouco com um desenvolvimento real dos três casais, parecendo focar descaradamente em Vaugh e sua esposa muito mais que os outros (equivocadamente, já que eles são o casal menos interessante), nesse mesmo momento inicial não mostra saber onde exatamente quer chegar: se em um humor mais pastelão, ou um mais carregado de diálogos. E tudo isso piora quando no resto do filme ele tenta correr atrás do atraso ao tentar focar os casais em separado, perdendo aquela ritmo falado no paragrafo anterior e dando muita bola para um falatório pouquíssimo interessante, repetitivo e tedioso.
E é essa mesma escolha que acaba criando personagens tão mal desenvolvidos que deixam impossível qualquer tipo de identificação com qualquer um. Tão pouco convincentes em suas ações que é difícil acreditar nas soluções que eles tomam diante dos problemas que encontram e isso, em um filme que só se sustentaria diante da aproximação do espectador com os protagonistas, é arremessá-lo na lata do lixo.
Couples Retreat (EUA, 2009) direção: Peter Bilingsley com: Vince Vaugh, Jason Bateman, Faizon Love, Jon Favreau, malin Ackerman, Kristen Bell, Kristin Davis e Jean Reno
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É preciso mais que uma boa ideia…