Acaba o ano e ficam os filmes, pelo menos para os amantes das Sétima Arte, que nessa época sempre enumeram os filmes preferidos do ano que passou, por isso, sem muitas delongas, aqui os 10 melhores filmes de 2011 na opinião desse humilde crítico de cinema.
Alguns avisos, os filmes não estão em nenhuma ordem (a não ser a alfabética) e só foram computadas aquelas produções que estrearam no Brasil em 2011, e se alguém perguntar por que Crepúsculo ou Transformers não estão na lista… bom, com certeza alguém vai perguntar, então é caso perdido.
Amor e Outras Drogas (Love and Other Drugs, Edward Zwick) (crítica)Sensível e imprevisível, Amor e Outras Drogas é um exercício esforçado de como contar uma história igual a milhões de outras, mas sempre em busca de algo novo. Gyllenhaal e Hathaway fazem valer seus trabalhos e a direção de Edward Zwick surpreende por sair tanto do porto-seguro de seus outros filmes e ainda funcionar perfeitamente.
Árvore da Vida (The Tree of Life, Terence Mallick) (crítica)
Por mais que Árvore da Vida ainda sofra com seu lado hermético e o péssimo modo como foi vendido ao público em geral, como um drama comum e não como um filme calcado em seu lado artístico, a sensibilidade e o controle de Terence Mallick, tanto em sua narrativa como em cada plano de seu filme, faz então com que essa saga sobre a vida seja inesquecível para quem soube aproveitá-la.
Contra o Tempo (Source Code, Duncan Jones) (crítica)
Duncan Jones já tinha surpreendido a todos com seu Lunar e agora volta a fazer o mesmo com essa ficção científica cheia de estilo, surpresas, ótimas atuações, uma história competente e uma inquietação narrativa que começa a marcar sua carreira.
Meia Noite em Paris (Midnight in Paris, Woody Allen) (crítica)
Pode parecer chover no molhado, mas quem é fã de Woody Allen sabe, é só esperar que mais cedo ou mais tarde, prolífico como poucos, ele irá voltar a fazer alguma pequena obra-prima do cinema e Meia Noite em Paris é um desses casos.
Melancolia (Melancholia, Lars Von Trier) (crítica)Lars Von Trier pode ser odiado por muitos, amado na mesma proporção, acusado de nazista e banido de Cannes, mas é impossível não ficar deslumbrado com a carga dramática de seus filmes, Melancolia então leva isso a um degrau mais elevado ainda, um degrau trágico e desesperançoso, porém lindo e profundo.
Namorados para Sempre (Blue Valentine, Derek Cianfrance)
Derek Cianfrance demorou anos para completar a ideia de Namorados para Sempre, mas quando o fez deu um baile de sensibilidade e verdade, principalmente na companhia dos trabalhos maravilhosos de Michelle Willians e Ryan Gosling. Um filme sobre amor e o como às vezes ele acontece muda a vida das pessoas e não se importa de acabar de modo melancólico.
O Palhaço (idem, Selton Mello) (crítica)
Depois de seu depressivo (porém poderoso) Feliz Natal, Selton Mello vai ao outro lado e entrega esse drama sensível e tremendamente bem realizado, que credencia o ator/diretor a, mais do que nunca, poder ser considerado uma das maiores estrelas do cinema nacional.
Cisne Negro (Black Swan, Darren Arronofsky) (crítica)
Darren Arronofsky desconstrói o balé e sua personagem enquanto usa o Lagos dos Cisnes como analogia para as mudanças que as pessoas precisam passar para ultrapassar certas barreiras da vida, tudo isso de modo poético e visceral, impossível não ser atingido por Cisne Negro.
Rango (idem, Gore Verbinski) (crítica)
Ainda que não tenha sido o sucesso de bilheteria que se esperava, a animação de Gore Verbinski é uma deliciosa sopa de referências, bem humorada, que navega perfeitamente bem pelo gênero e ainda tem um dos protagonistas mais impagáveis do ano, o próprio camaleão Rango, “interpretado” por Johnny Depp.
X-Men: Primeira Classe (X-Men: First Class, Matthew Vaugh) (crítica)
Ainda que pouca gente acreditasse que essa verdadeira “esticada” na franquia dos mutantes da Marvel pudesse ser algo mais que só um caça-níqueis vazio e sem personalidade, diante de uma enorme força de seus personagens, um roteiro inspirado e uma vontade de ter personalidade própria dentro desse mar de clichês, X-Men: Primeira Classe acabou então roubando até a atenção de seus predecessores, que se tornaram pequenos diante dele.
(+1) Super 8 (idem, J. J. Abrams) (crítica)
Talvez Super 8 tenha até passado despercebido diante de toda crítica pouco positiva, mas a cada vez que a homenagem de J. J. Abrams, essa espécie de “ET” às avessas, volta à lembrança e impossível não perceber o quanto essa aventura deliciosa vai marcar a vida cinematográfica de quem teve a oportunidade de curti-la diante da enorme tela do cinema.
Merecem uma lembrança
Um Mundo Melhor, Os Muppets, Contágio, 127 Horas, lixo Extraordinário, Não Me Abandone Jamais, O Vencedor, Bravura Indômita, Tudo Pelo Poder.
22 Comentários. Deixe novo
Não gostei da lista. “X-man” e “Super 8” melhores do ano? Acho melhor você rever essa lista.
Incêndios é muito bom mesmo…
Comprei o Incêndios na livraria e está na minha estante para assistir este fim de semana, estou muito ansiosa, pois pelo que li o filme é um espetáculo.
Odiei Árvore da Vida, cansativo, chato, sem diálogo, tem que ter muito saco para assistir até o final.
Igor, o espaço está livre para você colocar a sua, na verdade (de forma organizada), quem quiser colocar uma lista seria bem interessante e assim haveria uma troca de experiências… vamos as listas
olha achei sua lista muito fraquinha mas cada tem sua opnião.
Muito boa a lista! Abraços
harry potter
kade o harry potter quero explicção era pra tá no topo
aff
nessa lista so tem filme para bicha !!!
quem fez ela ?? ….
Bom, Para que é fã e um bom entendedor de HP, sabe que o ultimo filme foi o melhor de todos, pois ao assistir o ultimo filme tanto a parte 1 como a parte 2 das reliquias da morte, percebemos os segredos de todos os outros filmes e posso afirmar com certeza que J.K é uma grande e exelente escritora pois ela não escreveu só 7 livros do HP, mas sim uma unica história em 7 livros maravilhosos que se encaixam perfeitamente no final. E sim Harry Potter foi um dos melhores se não o melhor de 2011.
esqueci mesmo dos três zeros, minhas desculpa… e em relação ao visual, não era uma correção, os dois estão certos, era mais um modo de olhar diferente aquilo, pois o termos “efeitos especiais” as vezes soa pejorativo em filmes menores… mas enfim, espero mesmo que você volte sempre e dê sua opinião…. ah, e não vi “Olhos de Júlia”, já fui na locadora hoje e me programei para vê-lo no fds….
Vinícius, você esqueceu alguns zeros na estimativa dos filmes – na verdade três zeros. Namorados para Sempre (US$ 2 milhões), A Pele que Habito (€ 13 milhões), Meia Noite em Paris (US$ 15 milhões) e A Árvore da Vida (US$ 32 milhões, custo esse que se não for peculiar de um blockbuster, anda longe ao de um filme de baixo orçamento). Quanto à utilização das expressões “especiais x visuais”, confesso que sua tentativa de correção soou desnecessária, haja vista a correta aplicação de ambas, pois os efeitos especiais são divididos em visuais (manipulação da imagem fotografada ou através da computação gráfica) e físicos (pirotecnia, cenário, adereços e afins), portanto, todo efeito visual não deixa de ser especial. Não tenho preferência por um gênero específico Vinícius, basta observar minha lista que entenderá (Incêndios – Drama, Meia Noite em Paris – Comédia Romântica, A Pele Que Habito – Drama, Os Olhos de Júlia – Suspense), mas seguirei seu conselho, voltando assim que eu tiver uma opinião formada.
ps: continue seu trabalho, pois embora eu discorde de alguns pontos aqui levantados, considero esse espaço um ótimo lugar para os amantes da mais completa das artes.
q bowsta de site eh esse :@
so o ex man da hora aqui q bowst@
não só respeito sua opinião Tony, como fico agradecido que você a tenha colocado aqui, pois esse espaço é para isso mesmo… mas o que eu quis dizer é que, sem demagogia, eu nem penso na lingua falada no filme nesses momentos, nem no dinheiro que foi gasto, nem na presença desse ou daquele ator… “Árvore da Vida” teve um custo estimado de 32mil dolares, o que para mim não parece ser um custo de blockbuster, e se você trocar as expressão “efeitos especiais” pela correta, que seria “efeitos visuais” ela vira menos um bicho-papão e mais um recurso para se contar uma história do que um monte de robôs brigando… a título de curiosidade, “Namorados para Sempre” custou mil dólares (A Pele que Habito e Meia Noite ficaram em torno de 15mil), e é estrelado por Ryan Gosling e Michelle Willians (dois atores de ponta de Hollywood) o que prova que não importa a lingua, o custo, o elenco ou os efeitos visuais… e acho que, pelo que parece ser seu gosto, você vai gostar bastante… abraços e depois volte aqui para me falar o que achou do filme.
Vinicius, como disse anteriormente, salvo raras exceções. Desses que você citou, não tenho como expressar opinião sobre Namorados para Sempre e Cisne Negro pois não os assisti. Fiz uma menção honrosa a Melancolia, não sei se você reparou e quanto a Árvore da Vida, você realmente acredita que uma produção com Brad Pitt e Sean Penn no elenco, sem contar os efeitos que simulam a vida na terra desde sua origem, pode ser considerado um filme de baixo custo e sem efeitos especiais? Concordo contigo – cinema é universal independente do idioma, por isso acho que você caiu em contradição, pois o Inglês predomina na sua lista, já na minha… repare:
Incêndios (Francês e Árabe); Meia Noite em Paris (Inglês); A Pele Que Habito (Espanhol); Os Olhos de Júlia (Espanhol).
De qualquer forma, respeito sua opinião Vinicius e assim espero que a recíproca se faça verdadeira.
Melancolia, Árvore da Vida, Namorados para Sempre e Cisne Negro são mega produções? e com efeitos especiais? larga de preconceito Tony, cinema é cinema onde quer que ele seja feito e independente da lingua que ele seja falado…. não é so por ser falado em inglês que é ruim, abra essa mente…
Essa lista ficou bem hollywodiana hein?! Salvo O Palhaço, os melhores filmes do ano foram produzidos em Hollywood, segundo o autor do site.
Dessa lista, assisti Super 8; Melancolia; Contra o Tempo; Árvore da Vida e Meia Noite em Paris. A exceção de Meia Noite em Paris, que só não é unanimidade devido ao famoso ditado de Nelson Rodrigues, os demais definitivamente são bem comuns, e daqui a alguns anos dificilmente serão lembrados (faço uma ressalva a Melancolia, pois com aquele desfecho…cena impecável!!!).
Eu já sou desconfiado com essas mega produções americanas, muitos efeitos especiais e quase nenhum efeito emocional (salvo exceções, é claro). A minha lista é a seguinte:
* Incêndios (mesmo sendo produzido no final de 2010, ele foi o ganhador do meu Óscar)
– Meia Noite em Paris
– A Pele Que Habito
– Os Olhos de Julia
não gosto de HP ‘-‘
Obrigado ! Vinicius!
Cada um tem sua opiniao ! certo! porem gostei muito do filme “o ritual” achei bem complexo , bem trabalhado , ! agora anthony kopkins como “odim” foi uma lastima , realmente passou muito longe de hanibal lecter e ate mesmo do padre lucas de “o ritual” , apesar de nao terem aproveitrado mais o personagem em thor ! mas vlw abraçao!
1) Harry Potter é ótimo, mas eu acho que esse último episódio teve a péssima responsa de ser só uma ultima amarrada da trama toda, o que não lhe permitiu ser dinâmico como o anterior, que acabou sendo muito melhor… e não eu não acho ele um dos melhores do ano como achei o anterior…
2) Planeta dos Macacos é também ótimo, mas tem pouco a marcar além da atuação de gala do Andy Serkis e dos efeitos especiais, não por incompetência, mas por que não tinha muito mais a fazer do que aquilo mesmo… é um filme morno em linhas gerais… mas é um ótimo filme morno…
3) O Ritual, é sério? você já chegou a ver uma boa atuação de Anthony Hopkins? isso que ele faz não é uma atuação que chegue nem no calcanhar de seu Hanibal Lecter, ou de sua sensibilidade em “vestigios de um dia” e até de seu, disperdiçado, Odim em “Thor”… resumindo, “O Ritual” está mais perto do oposto da lista de melhores do que desses 10 filmes….
4)e sim, eu sei que opinião cada um tem a sua, só estou complementando a questão levantada pelo William….
e Harry potter e as reliquias da morte parte 2 ? vc nao achou um dos melhores ?
e planeta dos macacos a origem ? tambem nao foi um dos melhores?
e O ritual com a melhor atuaçao de anthony hoppkins ?
responda por favor !!