Mulan e Tenet estreiam sem grandes resultados


Aconteceu. Depois de meses e meses de pandemia e um cinema respirando através de aparelhos, dois dos maiores estúdios de Hollywood decidiram lançar duas de suas maiores apostas do ano: Tenet (Warner) e a versão live-action de Mulan (Disney). Contendo spoilers, nenhum dos dois se tão bem assim.

Warner decidiu colocar seu misterioso filme dirigido por Christopher Nolan nos cinemas, mesmo com poucas salas abertas nos Estados Unidos e algumas outras fora do país. Já a Disney, preferiu colocar Mula em seu Disney + (serviço de streaming), mas cobrando um valor a mais para quem quisesse conferir o filme. Mais precisamente, a “casa do Mickey” cobraria US$ 29.99 para quem quisesse ver o filme (além da mensalidade).

Tenet estreou em meio ao feriado do Dia do Trabalho, em 2.810 salas nos Estados Unidos, e arrecado US$ 20,2 milhões. Para se ter uma ideia de comparação, o mesmo Nolan estreou seu A Origem em 3.782 salas, arrecadando U$ 21,7 milhões. É lógico que estamos falando de dez anos atrás, ingressos mais baratos etc.(sem esquecer que Tenet está sendo um sucesso em Imax!). Nada que aponte que a Warner tenha tomada uma decisão tão ruim assim, por mais que não seja nem perto do sucesso que se espera de um filme desse porte.

Comparando com outros filmes lançados no mesmo período, Tenet nem fica tão atrás. Em 2019 a ação Invasão ao Serviço Secreto fez US$ 21,3 milhões no feriado, enquanto a comédia Podres de Rico (em 2018), arrecadou US$ 28,5 milhões. O campeão continua sendo Halloween, aquele do Rob Zombie, que colocou nos bolsos US$ 30,5 milhões só nesse final de semana prolongado.

Mulan… bom, a Disney não comentou muito a respeito, tampouco anunciou os números oficiais envolvendo, tanto novas assinaturas, quanto gente entrando no Disney + Premium (que permitia a locação do novo filme). O mais perto que é possível chegar de uma conclusão foi através dos dados da Sensor Tower, empresa de pesquisa de aplicativos. De acordo com eles, entre os dias quatro e seis de setembro, houve um aumento de 68% de downloads. Já durante o mesmo período, houve um aumento de 193% de gastos dentro do aplicativo, o que deve refletir os alugueis de Mulan.

Tudo bem, esse levantamento parece mostrar que a Disney não levou tanto a pior assim, mas se você comparar com a semana do lançamento de Hamilton, outra grande aposta para alavancar o Disney +, o aumento de downloads chegou a 79%.

E isso talvez deixe claro que os números não são tão animadores, já que a própria Disney acabou “deixando vazar” que o mesmo Mulan acabará chegando para quem não é premium, ainda em 2020, em dezembro. Outros especialistas ainda apontam quem a pirataria quase instantânea do Filme prejudicou seu lançamento, mas isso é impossível de afirmar sem uma quantidade boa de “achismo”.

Mas talvez o grande termómetro seja esperar para ver quanto tempo irá demorar para a Disney liberar seu Mulan para os serviços on demand, deixando claro aí que a partir daquele momento não pretendem mais lucrar com seu lançamento e estão prontos para dividir esse dinheiro.

A conclusão, muito embora ainda seja cedo para isso, pode ser aquela que mesma que todo mundo já esperava, mesmo meio sem público, e não sendo um sucesso tão grande assim, ainda não há nada mais lucrativo do que lançar seu grande filme no cinemas, mesmo em meio a uma pandemia onde todos deveriam tentar ao máximo fugir das aglomerações e ficar em casa.

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