O Cangaceiro da Moviola | Precisava de uma montagem melhor

O Cangaceira da Moviela é um filme sobre um montador que precisa de montagem. O filme, não o montador.

Este trabalho de Luís Rocha Melo é de catalogar momentos gravados e gravações já em arquivo dos trabalhos do homenageado, o cineasta Severino Dadá que ficou mais conhecido pelos trabalhos na sala de montagem dos filmes que ajudou a finalizar.

Quando um documentário surge com a ideia de biografia o mínimo que se espera é uma opinião e uma estrutura. Aqui só existe a homenagem, que é saudosa e tudo mais, mas acaba diminuindo o homenageado para uma figura não-humana, sem desejos ou ambições. Dadá vira uma estátua, erguida para a posteridade e que pode ser observada por todos. Porém, inerte, incapaz de evocar sentimentos de saudade no espectador daquilo que não vimos. Como o próprio Dadá comentou antes do início da sessão: ele virou cineclube.

O que é uma pena, pois as inúmeras referências de filmes que o montador trabalhou são de trabalhos poucos conhecidos que poderiam ser porta de entrada para algo além das chanchadas da época ou dos filmes pós reabertura, dos quais nos recordamos mais dos divulgados lá fora.


“O Cangaceiro da Moviola” (Minas Geras e Rio de Janeiro/Br, 2022); dirigido por Luís Rocha Melo


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