Oscar 2022: Conheça indicados a Melhor Documentário em Curta-Metragem

Conheça os indicados a Melhor Documentário em curta-metragem no Oscar 2022

O Oscar está chegando e o pessoal que gosta de cinema sempre faz dessa espera pela cerimônia de premiação uma oportunidade de ver a maior quantidade possível de filmes indicados. E se é fácil fazer isso com Melhor Filme, Melhor Atriz etc., tentar fazer o mesmo com algumas categorias menos populares, quase sempre é uma viagem por um cinema pouco visto por aí.

Do mesmo jeito, não é muito fácil encontrar todos indicados nessas categorias, mas em algumas oportunidades isso acaba sendo possível, como acontece agora com os Melhores Documentários em Curta Metragem.

O que acontece em 2022 não é tão comum assim, mas quem quiser conferir todos indicados nessa categoria, vai conseguir, e com pouca dor de cabeça e apenas algumas buscas na internet.

Portanto vamos a eles.

Mas antes, e o que eles têm em comum? Não muita coisa a não ser um objetivo em comum: todos eles serem filmes sobre personagens. Esforços para entender essas pessoas e o que faz delas especiais, seja para o esporte de um país, para uma escola ou até apenas para a consciência de alguns ex-alunos. É também um ano onde pessoas invisíveis podem ser vistas, tanto as que estão nas caras das grandes cidades, quanto aquelas perdidas em uma guerra sem muito sentido.

Um ano de indicados sensíveis, delicados e que irão arrancar algumas lágrimas de muita gente. Por isso tudo, divirtam-se e emocionem-se.

Audible

Tem na Netflix e mesmo parecendo ser meio formuláico e óbvio, surpreende ao se afastar do que parece ser o foco e expande a ideia para alguns lugares bem sensíveis, emocionais e interessantes.

Faz isso tudo sem deixar de lado a ideia inicial: a de um time de futebol americano colegial formado por surdos. Tudo bem, a sinopse é essa, mas tem muito mais.

Conheça os indicados a Melhor Documentário em curta-metragem no Oscar 2022

Onde Eu Moro

Também da Netflix e é talvez o mais caro e mais bem-acabado de todos. Também pode ser considerado o mais emocionante, principalmente por trazer as histórias nos olhos de seus personagens. Tem em mãos um assunto que precisa ser exposto e faz isso de modo eficiente e direto. As imagens têm um peso complexo e constroem uma narrativa poderosa. Tem pouco tempo, é curtinho, mas conta muitas (muitas!) histórias.

The Queen of Basketball

Tem no Vimeo e é uma produção do New York Times, que sempre faz alguns documentários curtinhos imperdíveis. Além disso, tem o selo do “NYT” quase sempre reflete um esforço jornalístico isento e bem-acabado. Nesse caso, sobre a vida e carreira de Lusia Harris, uma jogadora de basquete que chegou à medalha olímpica e até ao Hall da Fama.

O curta sabe observar a protagonista contando sua história e aos poucos vai deixando claro o quanto essa é uma daquelas histórias que ninguém sabe, mas todo mundo deveria saber.

Três Canções para Benazir

Mais uma produção comprada pela Netflix. Essa, centrada em um campo de refugiados no Afeganistão e na história sensível desse jovem que quer algo mais, mas não consegue. O filme acompanha bem a quebra desse sonho e se constrói através desses três momentos onde ele canta para sua esposa. Bonitinho, triste e terrivelmente verdadeiro.

When We Were Bullies

O filme está no Youtube, mas logo mais deve estrear no HBO Max. O curta tem jeitão de egotrip do diretor… e é. O diretor/personagem principal, roda, roda, roda e roda mais um pouco até descobrir que o filme era uma grande sessão de terapia para ele mesmo e onde ele vai tentar entender porque maltratou um coleguinha na quarta série.  Junte isso ainda a um prepotente papinho final de “não vou mostrar o Dick”.

Quem Ganha o Oscar?

Com certeza a Netflix, já que, mesmo sem ganhar a estatueta, emplacou três indicações e isso é mais que suficiente para que o número de “documentário curtos” continue crescendo na plataforma (acreditem, eles já fazem isso há alguns anos).

Já sobre o “ganhar real”, aquele que levará o Oscar para casa, Onde Eu Moro é gigantesco e parece ser uma produção fadada a ganhar alguns prêmios, incluindo o Oscar. Mas talvez “Audibles” possa chegar com força na cerimônia, já que ele parece ser o mais falado pelos fãs de cinema (e pela Netflix, que parece estar enfiando ele goela abaixo no algoritmo de todo mundo).

Mas minha torcida fica com “The Queen of Basketball”, tanto pela simpatia e paixão com que a protagonista conta sua história, quanto pela importância de contar essa história. Infelizmente ela faleceu no começo do ano, o que não deve influenciar os votos, mas seria, no mínimo, uma ótima homenagem a ela.

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