Risco Imediato Filme

Risco Imediato

Risco Imediato é um filme bem violento, considerando que os heróis são um casal de estrangeiros tentando construir suas vidas em torno de uma casa caindo aos pedaços. Os bandidos parecem pouco interessados no dinheiro, fruto de um golpe, e Risco Imediatona heroína deixada para trás pelo traidor da gangue, agora morto. E para piorar temos um francês buscando vingança da rede de corrupção instaurada por um bandido extremamente sanguinário. No pano de fundo de tudo isso reside um policial incorruptível e alheio à burocracia e política. Tudo que ele quer é compensação pela perda de sua filha para o mundo das drogas.

Aliás, todos parecem querer compensação em Risco Imediato. Até o jovem casal citado no início quer uma retaliação da vida por dar-lhes uma sobrevivência lastimável apesar de terem sido sempre corretos. Nem o “milagre” da fertilização eles parecem ter direito. Quem não criaria um motivo qualquer para ficar com mais de 200 mil libras? Uma das melhores partes é acompanhar seu processo gradual de relativização moral.

Isso não quer dizer que torcemos por eles. Ver a Kate Hudson com seu sorriso plástico enquanto admira as crianças dos outros não cria exatamente empatia; não conseguir engravidar logo se torna o menor dos seus problemas, mas ainda assim é usado como pano de fundo dramático. Da mesma forma, James Franco faz o papel de um trabalhador braçal sem calo nas mãos que aumenta de inteligência rapidamente no final do filme. Se antes eles não tinham um plano melhor do que ficar com todo o dinheiro, de repente ele e sua mulher bolam uma armadilha ingênua para bandidos armados.

Risco Imediato Crítica

A participação de Omar Sy como “Genghis Khan” é espirituosa em um filme cheio de personagens desinteressantes. Seu diálogo explicando sua situação é a mais magnético. Tom Wilkinson representa a integridade da justiça, embora tenha um motivo pessoal. É uma pena, por exemplo, que sua perspicácia não venha acompanhada da energia de Bruce Willis no interessante 16 Quadras, que também lida com a luta contra a impunidade alimentada pela própria polícia.

Mas o que acaba chamando mais a atenção todo o tempo é uma trilha sonora bem conduzida, que usa batidas de techno para ditar o ritmo da ação. Infelizmente a trilha dramática não é assim tão inovadora, se resumindo em forçar um clima que não necessariamente é o que está ocorrendo na tela. Eu gostaria de assistir a uma história melhor nesse universo sombrio e sem esperanças de uma Londres que olha para seus habitantes de cima. É preciso lembrar que a música de Serena Ryder nos créditos finais é um dos melhores momentos, apesar do tom erroneamente lembrar James Bond. Não a perca.


“Good People” (RU/EUA/Sue/Den, 2014), escrito por Marcus Sakey e Kelly Masterson, dirigido por Henrik Ruben Genz, com James Franco, Kate Hudson, Tom Wilkinson e Omar Sy.


Trailer – Risco Imediato

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