Tartarugas Ninja: Fora das Sombras Filme

Tartarugas Ninja: Fora das Sombras | Melhor que o primeiro… mas nem por isso bom

Esqueça qualquer pretensão que o primeiro Tartarugas Ninja tinha de ser minimamente levado a sério, esqueça também qualquer tentativa de ser minimamente original. Esqueça também qualquer possibilidade de fazer sentido… enfim, esqueça tudo e ai quem sabe Tartarugas Ninja: Fora das Sombras passe a valer a pena.

Ok, talvez isso seja um pouco de exagero, já que que de todo esse descompromisso até nasce um passatempo que irá fazer a diversão de muito fã mais antigo, justamente, por todo esforço do novo filme em enfileirar o maior número de referências à famosa série animada dos anos 90. Àquela redondinha, colorida e espalhafatosa. Então podem esperar além do Destruidor e o quarteto de heróis quelônios, o “semi-herói” Casey Jones, os capangas Beebop e Rocksteady e até o alienígena Kang.

E se você que viu o primeiro filme não faz a mínima ideia de como tudo isso possa estar nesse segundo filme, relaxe na poltrona do cinema, porque nem a dupla de roteiristas Josh Appelbaum e André Nemec está muito preocupada com que tudo faça muito sentido (Haja despretensão!). Tartarugas Ninja: Fora das Sombras assume então um tom tão leve e descompromissado, que se soa bobo, desde suas premissas até suas resoluções.

Tudo tem início com as Tartarugas comendo pizza no alto do Medison Square Garden enquanto um dos jogadores do NY Knicks esquece que está usando um tênis e é vítima de um dos piores “product placements” do cinema. Mas a trama mesmo passa pela fuga do vilão Destruidor que acaba colocando-o cara-a-cara com um outro vilão de uma outra dimensão, Kang, que acaba fixando uma parceria que promete ajudar o segundo a conquistar o mundo do primeiro através de uma invasão.

Tudo bem que os fãs vão adorar ver o melequento e rosa Kang, mas nem por um segundo vão conseguir entender de onde raios ele vem, para onde vai e porque eles decidiram usar ele. Mas os que os fãs querem mesmo é ver os capangas animalescos do Destruidor, e eles estão lá no mais puro CGI, o rinoceronte Rocksteady e o javali Beebop, mas eles tem tão poucos bons momentos no filme que soam igualmente sub-usados.

Tartarugas Ninja: Fora das Sombras Crítica

E falando em mal uso dos personagens, ainda que as quatro tartarugas continuem muito mais desenvolvidas por seus visuais poluídos do que por suas ações, dessa vez pelo menos o roteiro permite que exista um pequeno conflito entre elas que as deixa crescer um pouco mais. Mas nada de interessante o suficiente para chamar mais atenção do que deveria ter as cenas de ação. Mas elas também não empolgam muito, ora desinteressantes e confusas, ora sem as tartarugas (como na perseguição), ou até grande demais (como em uma vexatória passagem pelo Brasil).

Já sobre seu visual, tudo continua esquisto demais, grande demais, cheio de informação demais. Anatomicamente falando, é difícil até acreditar em seus movimentos durantes as sequências de lutas. E só não é mais difícil do que aceitar que Leonardo consiga sacar suas espadas sem ter que deslocar o ombro.

Mas como tudo parece uma enorme brincadeira em forma de homenagem à famosa fase das tartarugas na TV, muito desses equívocos deve ficar de lado diante do pouco de diversão que Tartarugas Ninja: Fora das Sombras consegue entregar a seu espectador. Principalmente àquele que foi ao cinema desacreditado pelo enorme equívoco que foi o primeiro. Mas isso não faz desse segundo um filme bom, apenas não tão ruim.


“Teenage Mutant Ninja Turtle: Out of the Shadow” (EUA, 2016), escrito por Josh Appelbaum e André Nemec, dirigido por Dave Green, com Megan Fox, Will Arnett, Laura Linney, Stephen Amell, Tyler Perry, Brian Tee, Stephen “Sheamus” Farrelly, Gary Anthony Williams e vozes de Noel Fisher, Jeremy Howard, Pete Ploszek e Alan Rithcson


Trailer – Tartarugas Ninja: Fora das Sombras

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