Uma Nova Chance Para amar é um longa que mostra o quanto o amor pode ser irracional e como amar alguém é algo que extrapola os limites da consciência humana. O filme, que narra a história de uma mulher
que perdeu o grande amor de sua vida, desafia o espectador a se colocar na pela da personagem e sentir todo o drama (que a trama tem de sobra).
Ao perder o marido, Nikki (Annette Bening) se vê sozinha e com uma vida sem muitas alegrias, porém, em um passeio nostálgico ao museu, ela acaba encontrando Tom (Ed Harris) que é perfeitamente parecido com seu falecido cônjuge. Sem saber o que fazer, acaba então perseguindo Tom por alguns dias até que enfim estabelece uma relação de amizade com ele.
E no meio dessa história está essa Nikki de Benning, cheia de complexidade e muito bem humanizada. Um retrato que soa real nas mãos da atriz e não economiza (junto com o roteiro) na hora de discutir tanto as relações entre as pessoas, quanto as mentiras que elas podem gerar, assim como o quanto se deve valorizar o próximo e não perder a chance de amar.
Com isso em mente, o filme é um dramalhão daqueles que leva o espectador a chorar, que faz o público refletir e que pode levar muitos a se identificarem. Como seria encontrar alguém que se parece com outra pessoa que você amou e perdeu? Um ponto de partida que traz para a trama uma perspectiva muito interessante a respeito da sanidade do amor.
Destaque ainda para uma das últimas aparições de Robin Williams nos cinemas, que morreu no último mês de agosto. Nela, o ator interpreta Roger, um personagem fraco, que possivelmente poderia ter sido melhor aproveitado, principalmente em momentos que o longa se mostra menos descontraído.
Para quem gosta de drama, e principalmente de filmes que te deixam pensativos por algum tempo, “Uma Nova Chance Para Amar” não deixa a desejar em nada.
“The Face of Love” (EUA, 2014), escrito por Arie Posin e Matthew McDuffie, dirigido por Arie Posin, com Annette Bening, Ed Harris e Robin Williams
