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Pets: A Vida Secreta dos Bichos | Bichinhos fofinhos e falantes…e isso é mais que suficiente


Pets: A Vida Secreta dos Bichos não é assinado pela Pixar, muito menos pela Disney ou pela Fox, seus créditos vem da Ilummination, que não soube a hora de parar com Meu Malvado Favorito e meteu o pé pelas mãos. Mas sobre toda essa falta de expectativa, Pets vai te conquistar pela simpatia. E haja simpatia!

E não por serem bichinhos fofinhos e falantes (ok, isso ajuda muito!), mas mais do que isso por apostar em uma trama simples, com tudo no lugar, que se sustenta bem, não é refém de gags bobinhas…e… bom… tem um monte de bichinhos fofinhos e falantes.

O principal deles é Max, um cão apaixonado por sua dona, daqueles que prefere ficar em frente a porta esperando sua volta à zuar e se divertir longe dos olhos dos donos, como todos outros ¿pets¿ fazem questão de fazer. Mas isso tudo muda quando sua dona um dia surge em casa com Duke, um enorme, peludo, desajeitado e folgado vira-lata que chega para morar com Max.

E ai melhor estilo Toy Story (isso nunca é um defeito, muito pelo contrário), Max e Duke acabam indo parar em uma aventura que fará os dois se tornarem melhores amigos. O sumiço dos dois faz também com que todos amigos de Max saiam em busca da dupla, enquanto ainda surge em cena um coelho maluco com ideias revolucionárias.

Max então precisa vencer o próprio egoísmo e o ciúmes para descobrir que não está sozinho no mundo, assim como Duke acaba aprendendo que conseguirá conviver em sociedade depois de uma grande decepção no passado. Fora todos outros pequenos arcos de vários personagens. Lições suficientes para que os “menorzinhos” saiam do cinema devidamente ensinados. Os mesmos pequenos espectadores (a provavelmente alguns “maiorzinhos”) também sairão do cinema loucos por um bichinho de pelúcia dos personagens.

Pets Crítica

O visual é lindo e enche os olhos, da abertura panorâmica que voa por Manhattan em seus prédios e ruas, à crianção inspirada do visual de cada personagem (muito melhor que os preguiçosos e sem graça Minios). Uma evolução clara do trabalho do estúdio, que parece entender agora que mais que funcionais, seus personagens precisam contar uma história em apenas um relance, e isso acontece com uma facilidade que conquista todos no cinema.

Mas essa vontade doida de comprar um bichinho de pelúcia de cada personagem talvez venha de além do visual, venha da incrível personalidade de cada um deles. Em mais uma lição aprendida com Toy Story, ninguém ali é menor e não merece destaque, o que faz você sair do cinema com a impressão de conhecer bem todos personagens. E não só destaque para o coelho, bonitinho, branquinho, peludinho com rompantes psicopáticos (que, obviamente, rouba a cena), mas também tem espaço para ir à fundo tanto na cadelinha “Gigi” e seu arco (que passa por uma divertida cena com um gavião e até uma mais dievertida ainda luta), quanto até a personalidade de personagens bem menores, como o passarinho.

Um cuidado que vai além, seus donos também ¿combinam¿ com tudo isso, suas casas parecem reflexos de suas personalidades e suas ações seguem o mesmo rumo. Uma unidade narrativa e visual que faz com que Pets seja facilmente absorvido até pelo menor relance. É fácil sentar na poltrona e se deixar levar pela imersão naquele mundo.

Pets: A Vida Secreta dos Bichos então não tem um roteiro tão criativo assim, mas faz todo o resto com um carinho tão intenso, que é impossível não sair do cinema com um sorriso no rosto.


“The Secret Life of Pets” (EUA, 2016), escrito por Cinco Paul, Ken Daurio, Brian Lynch e Simon Rich, dirigido por Yarrow Cheney e Chris Renaud, no original com vozes de Louis C.K., Eric Stonestreet, Kevin Hart, Jenny Slate, Ellie Kemper, Lake Bell e Albert Brooks.


Trailer – Pets: A Vida Secreta dos Animais

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